ESPORTE NACIONAL

Empresas têm controle de convocações da Seleção, diz jornal.

José Marin e Del Nero: ex e atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Em 17/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A maioria dos torcedores pelo menos imagina que há mais critérios para a convocação de atletas à Seleção Brasileira do que simplesmente seu desempenho dentro de campo. Destaque internacional dos jogadores, marketing e outras variáveis fazem parte da realidade do futebol . Mas, neste sábado, foram revelados contratos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com empresas que podem penalizar financeiramente a entidade caso os nomes de maior destaque, como Neymar, não sejam chamados para amistosos do time canarinho.

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, a CBF tem vínculos com as empresas International Sports Events (ISE) e Pitch International, que pagam à entidade para organizar amistosos da Seleção, mas, como contrapartida, exigem que as convocações sejam enviadas a elas com 15 dias de antecedência. Caso os atletas do "Time A" (com mais apelo de marketing, condições técnicas e reputação) não estejam na relação e sua ausência não seja justificada por laudo médico, os grupos podem multar a Confederação em 50% da cota paga por amistoso, cujo valor total é de aproximadamente R$ 3,1 milhões.

 Foto: Mowa Press / Divulgação
Dunga é o atual responsável por comandar a Seleção Brasileira dentro de campo -Foto: Mowa Press / Divulgação

Mesmo em caso de contusão de alguma das principais peças do grupo verde e amarelo, a CBF é obrigada, por contrato, a substituí-lo por algum atleta de nível similar nos critérios descritos acima.

 Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação
Neymar seria do chamado "Time A" das empresas que influenciariam nas convocações
Foto: Bruno Domingos/Mowa Press / Divulgação

O contrato com a ISE, que contém as cláusulas citadas, tem duração estipulada até 2022, com prioridade de renovação de 90 dias. Sendo assim, os amistosos de preparação para as Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar, também serão explorados pelo grupo.

Por AFP/Terra