CENÁRIO EMPREENDEDOR
Entre a redução de salário e a demissão.
Esta é uma das situações que estão afetando, diretamente, boa parte dos trabalhadores.
Em 22/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O cenário desse segundo semestre é de muitas dificuldades visto que, entre os vários e diversos problemas, está a nuvem negra da gigantesca e incontrolável crise política contaminando, terrivelmente, o cenário econômico.
O que sabemos é que, de um lado, existe uma inflação acumulada se aproximando dos 10% e uma recessão assustadora. Do outro lado, estão as empresas passando por dificuldades para reajustar a folha de pagamentos, pois, em alguns segmentos, não estão conseguindo girar os seus produtos.
Esta é uma das situações que estão afetando, diretamente, boa parte dos trabalhadores, principalmente, aqueles com negociações salariais previstas para este segundo semestre e que, certamente, irão conseguir, no máximo, repor o índice de inflação, em alguns casos, parcelado.
Aumentos reais, acima da inflação, que deram o tom às negociações nos últimos anos serão privilégios de um número bastante reduzido da comunidade assalariada.
Além disso, cresce o número de funcionários com carteira assinada que aceita a redução dos salários na tentativa de fugir do fantasma do desemprego.
Até agosto deste ano, já ocorreram 111 acordos coletivos com redução nominal dos salários, metade deles em São Paulo.
Em 2014, os registros mostram que ocorreram, apenas, quatro negociações com corte no contracheque, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), tomando por referência os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os números confirmam que os trabalhadores conquistaram aumento real médio acima de 1% nas negociações realizadas em todos os meses do ano passado. Já em 2015, com o aperto da chamada turbulência da economia brasileira, os reajustes estão abaixo de 1% ou se limitam tão somente a reposição da inflação, com exceção de janeiro.
Não tenho dúvida em afirmar que, mesmo que o segundo semestre seja marcado por negociações de categorias com maior poder de representatividade, como metalúrgicos, químicos, bancários e petroleiros, o embate será muito complicado, e demissões serão inevitáveis.
Autor:
Prof. José Luiz Mazolini
Sobre o autor:
É diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, professor universitário, estrategista em marketing & negócios, consultor empresarial e carreira profissional e Palestrante. www.mazoliniconsultoria.com.br - professormazolini@gmail.com - diretoria@mazoliniconsultoria.com.br.