CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Erro de programa espacial afeta reputação russa, diz premier.
"É preciso esclarecer as causas, porque isto afeta a reputação de nosso programa espacial."
Em 18/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, alertou nesta segunda-feira que os recentes fracassos do programa espacial russo, com dois lançamentos consecutivos fracassados, prejudicam a reputação do país e seu histórico de prestígio na indústria aeroespacial.
"É preciso esclarecer as causas, porque isto afeta a reputação de nosso programa espacial", disse o chefe do governo russo em reunião com o vice-primeiro-ministro responsável por essa indústria, Dmitri Rogozin, de acordo com agências russas.
Esses erros na terceira fase dos foguetes russos Protón-M provocaram a perda de um satélite de telecomunicações mexicano, no último fim de semana, e do cargueiro espacial Progress, lançado no final de abril rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) com provisões para sua tripulação.
Além da responsabilidade administrativa, sobre os culpados dos erros "deve recair uma responsabilidade financeira, ou seja, responder com seu dinheiro", disse Medvedev.
O primeiro-ministro ordenou a Rogozin que informe aos parceiros internacionais da Rússia no programa espacial dos resultados da investigação dos lançamentos fracassados.
"É extremamente importante para manter o lugar que a Rússia ocupa no mercado (internacional) dos serviços espaciais, principalmente no de lançamentos", ressaltou Rogozin.
Como se isso fosse pouco, a Progress M26-M, que se encontra acoplada à ISS, não conseguiu corrigir no fim de semana a órbita da plataforma, já que seus motores, por motivos desconhecidos, não foram ativados. O processo só foi realizado hoje na segunda tentativa.
O presidente do Comitê de Indústria da Duma (Câmara dos Deputados), Sergei Sobko, insistiu que o problema é a escassez de profissionais com idades entre 30 e 50 anos, já que, devido à falta de recursos, estes emigraram após a queda da URSS.
Fonte: EFE