CIÊNCIA & TECNOLOGIA

Erro do Google tira do ar parte da internet do Japão

Empresa fez uma configuração que a transformou em provedora de internet.

Em 28/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um erro cometido pelo Google tirou parte da internet do Japão do ar. Ocorrido na sexta-feira (25), o incidente levou o Ministério de Assuntos Internos e das Comunicações japonês a iniciar uma investigação, segundo o jornal “Japan Times”.

A interrupção foi causada após a empresa fazer uma modificação no sistema de roteamento do BGP (sigla para Border Gateway Protocol). O erro foi que a companhia enviou à Verizon dados que faziam com que ela se tornasse uma provedora de acesso. Como o Google não fornece conexão à rede, o tráfego que tentava pegar esse caminho não chegava a lugar nenhum, informou a firma de consultoria BGPmon.

“É fácil cometer erros de configuração que podem levar a incidentes como esse”, afirmou a BGPMon. “Nesse caso, parece que o erro de configuração ou o problema de software na rede do Google levou inadvertidamente milhares de prefixos para a Verizon, o que levou à propagação do vazamento de muitos de seus pares.”

O problema começou por volta das 12h e atingiu os clientes de duas das principais empresas de telecomunicações do Japão, a NTT Communications e a KDDI Corp. Algumas pessoas até tinham internet, mas experimentavam uma conexão muito lenta.

O Google se desculpou pelo erro. “Nós configuramos a rede com informações erradas e, como resultado, tivemos problemas. Nós modificamos a informação para a correta em oito minutos. Pedimos desculpas por causar inconvenientes e ansiedades entre usuários da internet”, afirmou um porta-voz do Google ao jornal “The Asahi Shimbun” no sábado (26).

Apesar disso, o problema ainda durou horas, porque a informação que deveria circular pela rede ficou congestionada.

O Ministério de Assuntos Internos e das Comunicações japonês pediu que empresas de telecomunicações enviem relatórios sobre a interrupção. A Nintendo foi uma que apontou problemas de acesso a seus sistemas.

(Foto: REUTERS/Brian Snyder/File Photo)