CIDADE

ES registra a segunda menor taxa de mortalidade infantil do país.

Estado registra, a cada mil nascidos, menos de onze mortes.

Em 29/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Espírito Santo tem a segunda menor taxa de mortalidade infantil do país, perdendo apenas para Santa Catarina. Esse número é o menor da região Sudeste. A cada mil nascidos vivos, morrem menos de onze bebês no estado. Os dados foram registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge).

Em 1980, o estado registrava 48 mortes a cada mil nascidos vivos. A redução da taxa criou esperanças em mães com gravidez difíceis, como a da advogada Luciana Merçon. Ela teve pré-eclampsia e, por isso, o filho dela Francisco nasceu com seis meses de gestação.

“Na hora que ele nasceu, é comum que as mães vejam a criança sair do ventre, mas eu fiquei com muito medo de vê-lo nascer sem vida. Certamente, se fosse há alguns anos, o Francisco não estaria mais com a gente. A sobrevida do prematuro extremo, que foi o caso dele, se dá em função do avanço da ciência e da medicina. Não tenho dúvida nenhuma disso”, disse.

A mortalidade infantil é contada do nascimento até o primeiro aniversário de vida. Antigamente, as causas das mortes eram doenças simples como diarreia e desidratação.

Atualmente, as mortes são na maioria por doenças graves, como câncer ou acidentes, o que indica uma melhora na qualidade da assistência à criança.

O bebê Francisco faz fisioterapia uma vez por semana em uma clínica especializada no atendimento a crianças prematuras. Esse acompanhamento é fundamental para o desenvolvimento dele, segundo os médicos.

“É importante a gente detectar precocemente qualquer tipo de alteração, intervir, orientar a família, direcionar e estimular o máximo possível, para que a idade dele fique junto o mais perto possível do desenvolvimento motor da idade de outras crianças iguais a dele”, disse a fisioterapeuta, Bruna Salles.

A dona de casa Mariana Araújo, mãe da pequena Valentina também comemora os avanços que salvaram a filha.

“Começou na Utin, mamando 2 mls na seringa, depois foi na sonda, e chegando em casa ela mamava 30 mls. Depois foi passando para 40, 50, 60, e hoje ela está mamando 120 mls. É uma vitória. A gente fica muito feliz”, disse a mãe da pequena.

Para especialistas da área da saúde o maior acesso a informação e ao conhecimento ajudaram nessa redução na mortalidade infantil. O médico doutor em pediatria Valmin Ramos da Silva acredita que essa taxa ainda pode ser menor.

“A gente vê, no noticiário do dia a dia, crianças que vão ao médico e voltam sem ter acesso, sem ter atendimento. A gente ainda vê crianças vivendo em condições muito ruins dentro do próprio estado, e isso é algo que precisa ser questionado e repensado”, disse o especialista.

Fonte: G1-ES