NEGÓCIOS
ES teve o pior desempenho entre os principais estados importadores.
Santa Catarina ficou com a segunda maior perda.
Em 18/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Dentre os principais estados importadores do Brasil, o Espírito Santo registrou o pior resultado no primeiro semestre deste ano: queda de 35,2% nas operações, se comparado com o mesmo período de 2014, totalizando US$ 1,8 bilhão contra US$ 2,8 bilhões. Santa Catarina ficou com a segunda maior perda, de 32%, com US$ 4,7 bilhões contra US$ 6,9 bilhões, nos intervalos analisados.
O levantamento foi feito pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado (Sindiex), num comparativo ainda com os estados de São Paulo (queda de 26,6%), Minas Gerais (-26,4%), Rio de Janeiro (-24,5%) e Paraná (-22,6%).
O presidente da entidade, Marcilio Rodrigues Machado, explicou que o Espírito Santo vem perdendo competitividade em relação aos demais portos brasileiros, o que interfere diretamente nos resultados do comércio exterior. “O Estado é referência no setor importador, mas estamos perdendo cargas para outros estados, seja por conta de mudanças na legislação seja por falta de infraestrutura portuária adequada, principalmente para contêineres”, reforçou.
No primeiro semestre deste ano, a maior queda na pauta importadora capixaba foi registrada nas operações com automóveis (-56%), seguida por vestuário (-53%), equipamentos de telefonia celular (-40%), máquinas e equipamentos (-37%) e carvão mineral (-31%). “O resultado do primeiro semestre deste ano foi o pior dos últimos 10 anos” lembrou Machado.
Exportações
As exportações realizadas pelo Espírito Santo também registraram queda no primeiro semestre deste ano, se comparado com 2015: 41%, totalizando US$ 3,1 bilhões contra US$ 5,3 bilhões. Petróleo teve o pior desempenho no período, com redução de mais de 70% nas vendas; seguido por minério de ferro (-66%), ferro e aço (-22%), celulose (-14%) e rochas ornamentais (-4%).
Além de ser composta por commodities – que sofrem com variação de preço no mercado internacional -, as exportações do Espírito Santo esbarram também por problemas estruturais, visto que, por deficiência no acesso ao porto, muitas operações passam a ser feitas por outros estados. “Sem que navios maiores possam entrar no canal de Vitória, o empresariado precisa embarcar suas mercadorias por outros portos. Estamos buscando solucionar essas questões, que refletem no tempo de trânsito e no aumento de custos nas operações para as empresas capixabas, visando trazer mais desenvolvimento aos negócios e ao Espírito Santo”, destacou o presidente do Sindiex.
Fonte: C2 Comunicação