Escultura gigante do Galo é erguida em ponte no Centro do Recife.

Figura tradicional no carnaval pernambucano, a escultura gigante do Galo ficou de pé na região central do Recife por volta das 18h desta quinta-feira (4). Pode vir a ventania que for, mas o Maestro da Ponte não vai arredar o pé da Ponte Duarte Coelho até a Terça-feira Gorda.

O Galo mede 27 metros de altura e pesa 33 toneladas. Com estrutura de ferro, a peça é coberta por fibra de coco, material leve, resistente e sustentável. A escultura também animará os presentes com frevos de artistas locais. Em intervalos de 10 minutos, executará, de seu sistema de som interno, sua tradicional vinheta baseada na melodia do clássico Vassourinhas. Também "entoará" canções, e vai "frevar", realizando o "passo do parafuso" em giros de 360º em torno de seu eixo.

O artista plástico Sávio Araújo, autor e realizador da obra, garante que o gigante não corre o risco de voar, mesmo que outro vórtice ciclônico atinja a capital pernambucana. "Com a base pesando 30 toneladas e uma estrutura interna vazada, o pior que pode acontecer é as penas voarem, e aí todo mundo ganha mais uma fantasia", brincou.

Dezenas de pessoas aproveitaram para tirar fotos, fazer vídeos e admirar o colorido do Galo Maestro ao longo da montagem. Este ano, ele está vestido com as cores verde e vermelho, referentes às agremiações centenárias celebradas pelo Recife: o Clube Misto Pão Duro e o Maracatu Nação Porto Rico. Estilo não falta no queridinho pernambucano. Na coxa, ele tem a flauta do Maestro Forró e, no rosto, o óculos de Chico Science.

As penas grandes e verdes da cauda simbolizam os coqueiros. Suas dragonas, em formato de 'bolo de rolo', com enxerto de 'marmelada', satirizam as mazela políticas e mercadológicas. O roupão nas cores verde limão, abacate e coco, sinalizam benefícios que essas frutas trazem à saúde, promovendo um corpo saudável para brincar.

Montagem
A Ponte Duarte Coelho foi interditada na noite de quarta-feira (3), para chegada do material necessário para montagem do Galo. As peças, transportadas em seis caminhões, sairam do ateliê do artista plástico, localizado em Igarassu, contando com a ajuda de moradores da comunidade de Nova Cruz, integrantes do projeto social CoraçãoCaju.

Fonte: G1