ECONOMIA CAPIXABA

Espírito Santo criou 551 novos empregos formais em janeiro

Entre contratações e demissões em janeiro, o ES fechou o mês com o saldo de 551 empregos.

Em 20/03/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Pexels/(By Connect Fecomércio-ES)

Segundo o levantamento, os setores de indústria e construção civil registraram saldos positivos entre admissões e demissões com, respectivamente, 1.594 e 579 vagas.


Siga @CCNEWSFM no Instagram

Entre contratações e demissões em janeiro, o Espírito Santo fechou o mês com o saldo de 551 novos empregos formais. Com isso, agora o estado conta com um total de 909.955 vagas com carteira assinada. Esse número representa um aumento de 3,7% em relação a janeiro de 2024. Apenas a agropecuária registrou uma redução de 1,8%, sendo que os demais setores cresceram, com destaque para indústria (4,7%) e  serviços (4,1%).

>> Com investimentos portuários, ES se consolida como hub logístico

Ao avaliar só os dados de janeiro, dois setores da economia apresentaram registros positivos: indústria, com 1.594 vagas abertas, e a construção civil, com 579. Outros três segmentos tiveram saldo negativo: comércio (-1.559), agropecuária (-33) e serviços (-30). Essa redução pode estar relacionada aos ajustes devido à diminuição no volume de vendas que ocorre no primeiro semestre.


Ana Carolina explicou que os setores da indústria e da construção civil apresentam recuperação no número de empregos. Foto: Divulgação/Connect Fecomércio-ES

As informações são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Recuperação

A coordenadora de pesquisa do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, explicou que os setores da indústria e da construção civil apresentam uma recuperação no número de empregos após os desligamentos realizados em dezembro. Para ela, os investimentos e as novas contratações na indústria impactam diretamente o setor terciário ao fortalecer a economia e impulsionar o consumo.

“A geração de empregos aumenta a renda da população, elevando a demanda por bens e serviços no comércio varejista e em áreas como hotelaria, alimentação, saúde e educação. Além disso, a expansão industrial amplia a necessidade de serviços especializados como segurança, manutenção, transporte, logística e tecnologia da informação. Esse efeito multiplicador fortalece toda a cadeia produtiva, estimulando o crescimento do comércio e dos serviços e impulsionando o desenvolvimento econômico do Espírito Santo.”

Ana Carolina Júlio afirmou ainda que, após o aquecimento do mercado em novembro e dezembro, devido ao aumento das vendas na Black Friday e no Natal, muitas empresas ajustam seus quadros funcionais para adequar os custos operacionais à redução do fluxo de consumidores, o que explica a queda de vagas no comércio.

“No setor de serviços, um dos fatores que pode ter contribuído para a redução das 30 vagas de emprego é a alta taxa de informalidade no estado. Conforme dados do IBGE, o Espírito Santo registrou uma taxa de 38,6% em 2024. No ano anterior, o número de trabalhadores empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 16,4%, enquanto que o de funcionários formais subiu 2,7%. Isso pode indicar que muitos profissionais estão sendo absorvidos pelo mercado informal em vez de empregos com carteira assinada.  Além disso, ocorreu aumento de 5,3% no número de trabalhadores por conta própria, ou seja, autônomos, no estado.”

A gerente-geral executiva do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Espírito Santo (Sincades), Ivete Paganini, frisou que, no segmento de atacado e distribuição, a redução na contratação nos primeiros meses do ano é um comportamento histórico e esperado, sendo retomado o ritmo de maior movimentação do mercado após o Carnaval.

“Apesar da baixa taxa de desemprego no estado (3,9%), as empresas enfrentam dificuldades para contratar, seja pela falta de capacitação dos candidatos, pela ausência de interesse em empregos formais – principalmente pelos mais jovens –  ou pela busca por maior liberdade no trabalho. No atacado, encontramos desafios na ocupação de funções específicas como áreas de importação, fiscal, gestão de pessoas e também na operação dos centros de distribuição, onde há déficit significativo de mão de obra. Diante desse cenário, as empresas precisam repensar suas estratégias de atração e retenção de talentos, revisando políticas de benefícios e promovendo ambientes mais alinhados às expectativas dos trabalhadores.”

Entre os municípios capixabas, o grande destaque foi Aracruz, com 1.291 empregos gerados no mês de janeiro. Destes, 1.143 foram na indústria. Isso reforça a importância do polo industrial da cidade para o mercado de trabalho formal no Espírito Santo, bem como para a diminuição da concentração de empregos na Grande Vitória, contribuindo para o desenvolvimento regional no estado. Outros municípios que se destacaram foram Linhares (256), Serra (159), Vila Velha (152) e João Neiva (107). (Por Kelly Kalle/AsImp)

Pesquisa:
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no LINK

Leia também:

Com investimentos portuários, ES se consolida como hub logístico
Mutirão para renegociar dívidas com impostos começa segunda (17)
Intenção de consumo dos capixabas alcança 112,6 pontos
Em 12 meses, 186 mil devedores capixabas saíram do vermelho
Carnaval deve movimentar R$ 190,5 milhões no Espírito Santo
Empresários capixabas mantêm a confiança na economia
Modal Expo 2025 será entre 03 e 05 de junho, no Espírito Santo

ACESSE: 
SITEINSTAGRAMLINKEDINFACEBOOK | YOUTUBE | APP | RÁDIOSNET