NEGÓCIOS

Espírito Santo quer despontar na produção de rãs.

Sete cidades capixabas produzem, atualmente, 10 toneladas de carne.

Em 22/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Atividade sustentável e lucrativa, a criação de rãs tem ganhado espaço nas propriedades rurais do Espírito Santo. A produção capixaba atual ainda é tímida - cerca de 10 toneladas ao ano - e concentrada em apenas sete municípios. No entanto, produtores e o governo do estado têm desenvolvido uma série de ações para impulsionar a atividade.

Por estar próximo a grandes mercados consumidores e ter vocação para o agronegócio, o território capixaba tem todos os requisitos necessários para deslanchar na ranicultura.

Estudos realizados sobre o mercado interno da carne de rã demonstraram existir uma demanda espontânea cerca de três vezes superior à oferta.

Mercado
Um dos principais atrativos para entrar no ramo é seu grau de lucratividade. O custo de produção da carne gira em torno de R$ 13 o quilo, enquanto o mercado paga, em média, R$ 40 o quilo do produto. Ou seja, o ranicultor consegue uma margem de lucro de até 200%.

A rã viva também tem sido exportada para os Estados Unidos, onde os restaurantes especializados na cozinha oriental absorvem grande quantidade do produto.

No estado, já existe produção de rãs em Marataízes, Vargem Alta, Vila Velha, Santa Teresa, Ibiraçu, João Neiva e Linhares, sendo que em Apiacá, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo e Jerônimo Monteiro também há produtores iniciando a atividade, segundo o Incaper.

O tempo que o animal leva desde a fase de ovo até o peso de abate é de cerca de sete meses.

O agente de extensão em desenvolvimento rural do Incaper, Rafael Azevedo, explicou que a carne de rã é muito apreciada em função de seu sabor, mas também por ter baixo teor de gordura e alto valor nutritivo.

Morador da comunidade Serra dos Pregos, em Santa Teresa, o ranicultor Roberto Carlos Noveli, 46 anos, apostou na atividade há cerca de um ano.

“Sempre gostei de bichos e tinha essa curiosidade de saber como criar. Aí conheci um ranário, ganhei uns filhotes e hoje dedico parte do meu tempo à criação”, disse.

Já o designer Josélio Kruger, 32, conheceu a ranicultura a partir do pai, há 15 anos. Atualmente, os dois são proprietários do Ranasam, um ranário com mais 10 mil rãs-touro em Santa Maria de Jetibá. Quase toda a produção deles é vendida para um abatedouro no Rio de Janeiro.

Fonte: g1-ES