ESPORTE NACIONAL

Estruturas dos Jogos Rio 2016 vão garantir formação futura, defendem atletas.

Jovens de comunidades pobres praticaram esportes ao lado de competidores.

Em 10/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As estruturas esportivas que estão sendo montadas para os Jogos Olímpicos devem ser mantidas após as competições, assim como as políticas públicas para o setor devem ser preservadas, a fim de garantir a formação de novas gerações de competidores. O pedido partiu de atletas e desportistas que participaram de um evento na Vila Olímpica Ary de Carvalho, no bairro de Vila Kennedy, zona oeste do Rio de Janeiro, no último sábado (7)

No evento, jovens de comunidades pobres praticaram esportes ao lado de competidores que vão lutar por medalhas olímpicas e paralímpicas em 2016. A coordenadora do evento, que integra o Projeto Transforma, é a ex-atleta profissional Dôra Castanheira, que defendeu o vôlei feminino do Brasil nas Olimpíadas de Moscou (1980) e Seul (1988), bem como nos Jogos Pan-Americanos de San Juan (1979).

“Eu acredito que o Brasil possa se transformar em um País olímpico, e o caminho é estimular a base. Tem que ter toda uma política de esportes que não pode parar, que dê condições para que esses jovens possam desenvolver todo o seu potencial”, disse Dôra.

Entre os presentes estava o paratleta Jean Sebastião Macedo, que luta para disputar o tênis de mesa nos Jogos Olímpicos. Com 19 anos, ele treina desde os 14 na modalidade. Jean nasceu com malformação congênita, com os braços atrofiados, além de escoliose e uma perna mais curta. Foi o esporte que lhe deu maturidade e confiança na vida.

“Aprendi a superar meus limites. Antes praticava atletismo e futsal, quando um técnico disse que eu poderia jogar tênis de mesa. Já tenho 26 medalhas e estou disputando uma vaga no ranking brasileiro”, disse Jean.

O canoísta Carlos Eduardo Correa da Silva também era uma das atrações entre as crianças da Vila Olímpica, que se surpreenderam com sua habilidade no caiaque. Ele pretende disputar a modalidade de velocidade K2, no percurso de 200 metros, mas antes precisa garantir lugar no ranking.

Segundo ele, a modalidade precisa ser mais desenvolvida no País, e para isso é preciso manter a estrutura que foi montada. "Precisamos construir novos talentos, pois não existe só Rio 2016, queremos 2020 e 2024”, destacou.

Fonte: Agência Brasil