CIDADE
Estátua em homenagem a Augusto Ruschi passa por restauro.
O restauro apresentará outra forma de fusão entre o colibri e o busto.
Em 19/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Augusto Ruschi foi um cientista que dedicou 50 anos de sua vida ao estudo de espécies vegetais, mamíferos e aves da Mata Atlântica. O naturalista era conhecido como "o homem dos beija-flores", por causa da paixão por esses pássaros. Em sua homenagem, foi construída a estátua "O Beijo", de autoria do artista Penithencia, no Parque Pedra da Cebola.
A estátua passará por um processo de restauro. Nesse momento, o artista está refazendo o colibri, que foi vandalizado no início do ano. Ele faz parte da obra de arte e fica localizado em frente ao busto de Augusto Ruschi. As etapas do processo de confecção do novo colibri consistem no manuseio de diferentes materiais, como argila ou barro, cera e cimento.
O restauro apresentará outra forma de fusão entre o colibri e o busto, a partir do novo bico confeccionado. "Nesse processo, será fundida uma haste de bronze com inox que ligará o beija-flor ao busto de Ruschi", explicou o artista.
Logo após, o busto passará pelo processo de restauro, ganhando uma nova patina, que eliminará fraturas e erosão causadas pela ação do tempo.
Estátua
A estátua “O Beijo” é inspirada em uma foto de Ricardo Azoury, que retrata o beijo que Augusto Ruschi recebeu de um beija-flor. A imagem serviu de base para o artista se inspirar na sua criação. “Não quis fazer uma cabeça tradicional, um busto convencional, para representar Ruschi".
A estátua, inaugurada em 2001, representa a cabeça de Augusto Ruschi, construída em ferro pintado, de encontro com um beija-flor. O monumento foi um presente da Prefeitura do munícipio de Santa Teresa à cidade de Vitória, na comemoração dos seus 450 anos.
Ruschi
Nascido em Santa Teresa, cidade serrana do Espírito Santo, em 12 de dezembro de 1915, Augusto Ruschi era conhecido como "o homem dos beija-flores". O cientista dedicou 50 anos de sua vida ao estudo de espécies vegetais, mamíferos e aves da Mata Atlântica, além da paixão por pássaros.
Augusto Ruschi tornou-se bacharel em Direito e Agronomia, especializado em Botânica. Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no final da vida dava aulas apenas aos estudantes dos cursos de pós-graduação. Publicou cerca de 500 trabalhos científicos em revistas nacionais e estrangeiras.