POLÍTICA INTERNACIONAL
Estudantes falam em abandonar negociações em Hong Kong.
Eles dizem que consideram a possibilidade de abandonar as negociações.
Em 22/10/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Os líderes estudantis que participam dos protestos em Hong Kong acusam as autoridades locais de não apresentar propostas significativas que possam levar ao fim das manifestações. Eles dizem que consideram a possibilidade de abandonar as negociações.
As negociações entre os manifestantes e o governo de Hong Kong têm sido apontadas como o único meio de pôr fim ao protesto que já dura quase um mês, sem ter de recorrer à força.
No entanto, a primeira negociação formal, que ocorreu nessa terça-feira (21), não surtiu efeitos e terminou com os estudantes acusando o governo de ser "vago" nos compromissos que está disposto a fazer.
"Ainda não está decidido se haverá mais negociações no futuro", disse Alex Chow, secretário-geral da Federação de Estudantes de Hong Kong.
"O governo tem de encontrar uma maneira de resolver esse problema, mas o que oferece não envolve qualquer conteúdo prático", acrescentou Chow, garantindo que os manifestantes não vão deixar as ruas em um futuro próximo.
Os estudantes são contra a proposta apresentada pelo governo para a eleição do chefe do Executivo em 2017, que prevê que os candidatos sejam pré-selecionados por uma comissão.
A nomeação civil pedida pelos estudantes foi afastada pelos representantes do governo durante o encontro dessa terça-feira. Eles insistiram que Pequim jamais autorizaria esse cenário. Prometeram, no entanto, informar as autoridades da China Continental sobre os mais recentes acontecimentos e sugerir a criação de uma plataforma para discutir a reforma política além de 2017.
Os líderes estudantis consideraram as ofertas pouco concretas e pediram que o governo local avance com informação clara sobre as consequências dessas promessas.
"O governo deve indicar, até o fim da semana, o que esse relatório [para Pequim] vai incluir e como é que a nova plataforma pode resolver os problemas que temos agora", disse Joshua Wong, líder do movimento Scholarism.
Por Agência Lusa