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Estudantes fazem protesto na USP e pedem mais segurança para mulheres
Assembleia Legislativa quer abrir CPI para investigar casos de estupros.
Em 17/12/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Cerca de 20 estudantes da Universidade de São Paulo (USP) protestam na tarde desta quarta-feira (17) em frente à Reitoria da instituição, na Cidade Universitária, na Zona Oeste da Capital, pedindo mais segurança para as estudantes depois de denúncias de casos de estupros na USP.
As jovens protocolaram uma carta ao reitor, Marco Antonio Zago, com reivindicações para aumentar a segurança das mulheres nos campi da USP.
Segundo a estudante de história Júlia Forbes, de 20 anos, as reivindicações incluem a criação de um centro de referência com ouvidoria para receber denúncias de violações e oferecer assistência médica, jurídica e psicológica às vítimas, o aumento do efetivo de guardas universitários e maior iluminação nos campi.
Uma campanha de coleta de assinaturas em apoio às reivindicações começou em outubro e pelo menos 250 assinaturas de estudantes já foram recolhidas em apoio às reivindicações. Elas devem ser protocoladas após a semana de recepção dos calouros em 2015.
Gabriella Cardoso, estudantes do curso de letras, é uma das apoiadoras da petição. A jovem de 19 anos afirmou que assinou o embaixo das reivindicações em apoio a mulheres que foram vítimas de violência sexual na universidade. "A gente tem que dar visibilidade porque a universidade diz que não ficou sabendo desses casos. A gente quer incentivar as denúncias e dar apoio às meninas que denunciam", disse ela.
"As mulheres são minoria na medicina e em outros cursos. Justamente por isso elas estão recebendo uma pancada muito forte. Se o abaixo-assinado for ajudar a demonstrar o apoio a elas, a gente tem que apoiar", comentou Gabriela.
Após a entrega da carta na Reitoria, as estudantes pretendem seguir até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para acompanhar a nova tentativa de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar abusos nas universidades paulistas.
A sessão de instalação teve que ser adiada porque, na terça (16), só quatro dos nove deputados que integram a comissão compareceram, e não houve quórum para a votação.
Fonte: G1