POLÍTICA CAPIXABA
“Eu tenho nojo da ditadura”, diz deputado Bruno Lamas
Lamas e outros 14 deputados votaram pela derrubada da sessão em homenagem ao golpe.
Em 30/03/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Deputado Bruno Lamas fez questão de dizer que votou para derrubar a realização da sessão. "Para que não paire dúvidas, quero deixar claro: eu tenho nojo da ditadura! Ela fez vítimas, perseguiu e matou inocentes".
O líder do PSB na Assembleia Legislativa, deputado Bruno Lamas (PSB), reagiu hoje (30), com um forte discurso em plenário, ao requerimento de realização de uma sessão especial em comemoração aos 58 anos da revolução de 31 de março de 1964, que seria realizada amanhã, na sede do Legislativo estadual.
O parlamentar votou a favor de outro requerimento, dessa vez para cancelamento da sessão especial, de autoria da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil e da deputada Iriny Lopes (PT), para derrubar a sessão em homenagem ao golpe militar.
“Votei para derrubar a realização da sessão. Para que não paire dúvidas, quero deixar claro: eu tenho nojo da ditadura! Ela fez vítimas, perseguiu e matou inocentes. E não acrescentou em nada à nossa história. Era proibido ensinar. Sou filho de um advogado que tem na canela uma cicatriz porque militava nos movimentos estudantis para derrubar a ditadura e de uma professora. Acredito e defendo a democracia sempre. Este assunto foi sepultado aqui hoje”, discursou o parlamentar.
Além de Bruno, outros 14 deputados votaram pela derrubada da sessão em homenagem ao golpe, oito não estavam presentes à votação e cinco votaram pela realização da sessão proposta por Capitão Assumção.
Bruno fez questão de explicar que houve uma confusão, na votação do dia 8 de fevereiro em que o requerimento foi aprovado. Dezoito dos 30 deputados, inclusive ele, votaram em favor da realização da sessão.
“Houve uma votação em bloco, simbólica, para a realização de uma sessão especial, não solene. Portanto, não poderia ocorrer homenagens. Inclusive, precisamos rever essa forma de votação em bloco. Mas hoje a Assembleia Legislativa mostrou as suas digitais, ao derrubar a realização da sessão”, frisou.
No discurso, Bruno Lamas também se solidarizou com a colega, Janete de Sá, que teve o discurso interrompido aos gritos e com o dedo riste por parte de Assumção. (Por Gleberson Nascimento - AsImp)
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