POLÍTICA INTERNACIONAL
EUA confirmam que escudo antimísseis Thaad já está funcionando em Seul.
A implantação do escudo antimíssseis tem o objetivo responder ao número de testes de mísseis.
Em 02/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O Exército dos Estados Unidos (EUA) confirmou nessa terça-feira (2) que seu polêmico escudo antimísseis Thaad já está em funcionamento na Coreia do Sul, em um momento de enorme tensão na Península Coreana por causa dos repetidos testes de armamento feitos pela Coreia do Norte. A informação é da Agência EFE.
"As forças dos EUA na Coreia confirmam que o Sistema de Defesa Terminal de Área a Grande Altitude (Thaad) está funcionando e tem a capacidade de interceptar mísseis norte-coreanos e defender a República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul)", diz comunicado enviado por e-mail à Agência EFE.
A nota, assinada pelo coronel Richard Manning, é enviada uma semana depois que o Thaad começou a ser instalado em um antigo campo de golfe na região de Seongju (centro do país).
A implantação do escudo antimíssseis, que foi acertada entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos em julho do ano passado, tem como objetivo responder ao número recorde de testes de mísseis que a Coreia do Norte realizou em 2016, entre eles o de um foguete espacial, considerado pela comunidade internacional um teste de míssil disfarçado.
Sua entrada em fase operacional coincide com um clima de crescente tensão na península por causa da insistência da Coreia do Norte em lançar mísseis balísticos. O último - que seria o terceiro em menos de um mês - foi disparado no último sábado (29).
Além disso, o Thaad é polêmico e questionado pelos agricultores de Seongju. Eles estão preocupados com a possibilidade de a região se tornar alvo de ataques norte-coreanos e também com os efeitos que os potentes radares do escudo tenham sobre sua saúde e as plantações.
Muitos sul-coreanos acreditam que a implantação está sendo feita de maneira precipitada e que o escudo foi aprovado por um governo deposto por corrupção - o da ex-presidente Park Geun-hye. O candidato favorito à presidência, Moon Jae-in, já falou em uma possível revisão do acordo