POLÍTICA INTERNACIONAL

EUA e Coreia do Sul iniciarão manobras militares conjuntas

O início dos exercícios foi adiado por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Em 20/03/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Coreia do Sul e Estados Unidos iniciarão manobras militares anuais em 1º de abril, depois de adiá-las dentro do processo de aproximação com a Coreia do Norte, disse hoje (20) à Agência EFE um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano.

O conjunto de manobras Key Resolve, que inclui simulação por computador, durará duas semanas como aconteceu nos últimos anos e será em meados de abril, enquanto Foal Eagle, que envolve um grande desdobramento de soldados, terá início no dia 1º de abril e terá sua duração reduzida pela metade, um mês, segundo o porta-voz.

Esta última decisão parece destinada a manter o atual clima de aproximação com a Coreia do Norte - que considera estas manobras como um teste para invadir seu território - em relação aos encontros entre o líder Kim Jong-un e os presidentes da Coreia do Sul e Estados Unidos, previstos para abril e maio.

O tamanho de Foal Eagle e Key Resolve "será semelhante ao dos exercícios anteriores", afirmaram o Pentágono e o Ministério da Defesa sul-coreano, através comunicados distintos.

Manobras reunirão quase 24 mil soldados dos EUA

O jornal militar americano Stars and Stripes assegura que, no total, participarão dos dois conjuntos de manobras 23,7 mil soldados dos EUA e 300 mil sul-coreanos, números que coincidem com os do ano passado.

O início dos exercícios, normalmente considerados como provocação pela Coreia do Norte, foi adiado por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, que propiciaram uma aproximação com o regime norte-coreano.

A primeira reunião vai acontecer em abril entre o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e será a primeira cúpula intercoreana em 11 anos, enquanto o segunda encontro reunirá, no mês seguinte, Kim e o presidente americano, Donald Trump, que seria o primeiro encontro histórico entre os líderes dos dois países.