POLÍTICA INTERNACIONAL
EUA e Israel voltam a votar contra o fim do embargo a Cuba
Em 2016, ainda na gestão Obama, países optaram pela abstenção pela 1ª vez.
Em 01/11/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Assembleia Geral da ONU pediu nesta quarta-feira (1º) o fim do embargo americano contra Cuba. A resolução foi aprovada por 191 Estados membros e teve o voto contrário dos Estados Unidos e Israel.
No ano passado, pela primeira desde 1992 vez o texto foi aprovado sem oposição, já que os dois países resolveram se abster em meio a reaproximação diplomática dos EUA com Cuba impulsionada pela administração de Barack Obama.
O voto contrário dos EUA foi anunciado mais cedo nesta quarta pelo Departamento de Estado, que disse que tem como objetivo "ressaltar o novo enfoque para Cuba" do presidente americano, Donald Trump, que consiste em "dar uma maior ênfase ao apoio aos direitos humanos e à democracia" na ilha ao mesmo tempo que são mantidos "aspectos da relação que servem aos interesses dos EUA".
A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, defendeu essa postura e se referiu à votação da Assembleia Geral como um "teatro político" impulsionado por Cuba. "Enquanto o povo cubano seguir privado dos seus direitos humanos e liberdades fundamentais, enquanto os lucros do comércio com Cuba apoiarem o regime ditatorial responsável de negar esses direitos, os EUA não terão medo do isolamento", assegurou.
O embargo está nas mãos do Congresso americano, a quem Obama pediu sem sucesso sua revogação, mas o presidente tem uma ampla capacidade para determinar seu grau de aplicação através de seus poderes executivos.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, se mostrou hoje muito crítico à postura de Trump e ressaltou que o presidente americano "não tem a menor autoridade moral para criticar Cuba".
(Foto: Divulgação)