SAÚDE

EUA suspende uso da AstraZeneca para prevenção da Covid

O órgão, equivalente à Anvisa, afirma que o remédio não neutraliza subvariantes da ômicron.

Em 27/01/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Business Wire / Reprodução Anvisa

Uso emergencial do Evusheld é liberado pela Anvisa no Brasil; remédio foi o primeiro com indicação profilática autorizado no país, em 2022.

A Food and Drug Administration (FDA) retirou a autorização de uso emergencial do medicamento Evusheld nos Estados Unidos. O remédio, fabricado pela AstraZeneca, estava autorizado para prevenção da Covid-19 em pessoas não-infectadas e que não tiveram contato prévio com o vírus.

O órgão, equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), afirma que o remédio não neutraliza subvariantes da ômicron, como é o caso da XBB.1.5.1, responsável por quase metade de todos os casos da doença registrados no país norte-americano na semana passada.

O Evusheld é uma combinação de dois anticorpos monoclonais (cilgavimabe + tixagevimabe) e a aplicação é feita por injeção intramuscular. No Brasil, o uso emergencial do Evusheld foi autorizado pela Anvisa em fevereiro de 2022, também para prevenção da Covid-19. Foi o primeiro medicamento com indicação profilática liberado no país.

Em dezembro, a agência reguladora brasileira estendeu o uso dos anticorpos monoclonais também para tratamento da Covid em pacientes a partir dos 12 anos que não necessitam de oxigênio suplementar e que demonstrem risco aumentado de progressão para o estado grave da doença.

A AstraZeneca disse que foi informada de que a FDA poderá reestabelecer a autorização do Evusheld se a prevalência de variantes resistentes nos Estados Unidos diminuir para 90% ou menos. Em nota, o laboratório informou que já está testando em ensaios clínicos um novo medicamento que possa neutralizar novas cepas do SARS-CoV-2 e que também seja destinado para prevenção da doença.

Os anticorpos monoclonais atuam ligando-se à proteína spike na superfície do vírus SARS-CoV-2. Porém, as mutações que o vírus vem sofrendo - como é o caso da ômicron causam alterações nessa proteína, afetando a forma como os anticorpos atuam contra a doença. (Por G1)

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