CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Ex-bolsista orienta publicação sobre drones que será apresentada na Turquia.
O evento é um dos maiores congressos da área de inteligência computacional do mundo.
Em 24/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O professor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Bruno Sielly, orientou a publicação de três alunos do ensino médio que tiveram artigo aceito para apresentação no 2015 IEEE International Conference on Fuzzy Systems (FUZZ-IEEE 2015). São eles Vitor Greati, Vinícius Ribeiro e Celso Soares. O evento é um dos maiores congressos da área de inteligência computacional do mundo, que esse ano acontece em Istambul, Turquia, nos dias 2 a 5 de agosto.
O projeto
O trabalho aceito para apresentação é intitulado "A Visual Protocol for Autonomous Landing of Unmanned Aerial Vehicles Based on Fuzzy Matching and Evolving Clustering" e é produto do projeto de pesquisa iniciado em 2014 no IFRN intitulado "Desenvolvimento de um Protocolo Visual de Pouso para Veículos Aéreos Não-Tripulados", orientado por Bruno e co-orientado pelo professor Ivanilson França Vieira Júnior.
De acordo com o professor, o artigo propõe uma nova abordagem para o pouso preciso de veículos aéreos não tripulados (drones) através de um código visual próprio semelhante ao já conhecido QR Code.
"Um aparelho smartphone acoplado ao drone é capaz de identificar corretamente e de maneira bastante precisa um local de pouso dentro de uma grande área de visão. Tal ferramenta facilitaria o uso de drones em missões autônomas, como por exemplo, a entrega de encomendas de uma empresa de transportes, visita a locais de difícil acesso humano etc", explica Bruno.
O ex-bolsista destaca a simplicidade e a autonomia permitida pelo desenvolvimento do trabalho. "Uma das principais vantagens da aplicação é que todo o processamento é realizado no dispositivo acoplado ao drone, sendo possível, assim, produzir em casa o seu próprio helipad (base de pouso do drone) utilizando uma impressora colorida comum", conta.
A equipe
Vitor Rodrigues Greati, Vinícius Campos Tinoco Ribeiro e Celso Soares são estudantes concluintes do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Informática, pelo IFRN Campus Natal - Zona Norte.
Vitor atua em projetos de pesquisa desde 2013, tendo sido bolsista da Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação do IFRN, por dois anos, em projeto de química que lhe rendeu participações em diversas mostras e feiras e, mais recentemente, um processo de geração de patente. Vinícius esteve inserido em projetos de extensão, na área de ecologia e esportes, desde 2011.
Ambos são também bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em projeto voltado ao treinamento de estudantes do ensino técnico para competições de programação.
Celso atuou como monitor da disciplina de algoritmos em 2011, no IFRN, e iniciou sua trajetória na pesquisa com o projeto que gerou o artigo para o FUZZ-IEEE. Os alunos conseguiram também, em 2014, o segundo lugar em uma competição nacional de programação, a Copa Rio Info de Algoritmos (CRIA).
O professor Bruno, doutor em Engenharia Elétrica e de Computação em 2014 pela UFRN e bolsista do programa Ciência sem Fronteiras em 2013, realizou o seu estágio doutoral na Universidade de Lancaster, Inglaterra, parceria que deu origem a diversas publicações em periódicos relevantes e congressos internacionais, incluindo a premiação de melhor artigo discente na International Conference on Cybernetics (CYBCONF' 2013), em 2013, na cidade de Lausanne, Suíça.
Programa Ciências Sem Fronteiras
Lançado em dezembro de 2011, o Ciência sem Fronteiras busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional.
A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq.
Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Dados do programa podem ser consultados no Painel de Controle do CsF.
Fonte: Ministério de Ciência e Tecnologia com informações do Ciências Sem Fronteiras