SAÚDE

Exames são importantes na prevenção do câncer de intestino

Infelizmente, ainda há um fator cultural que atrapalha o diagnóstico precoce, diz especialista.

Em 21/07/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Arquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil

O cirurgião gastrointestinal Lucas Nacif, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, explica que o rastreio é feito com a análise da história de vida, com exame físico e exames de triagem, que são o exame de fezes e a colonoscopia.


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Casos de câncer no intestino, como o que vitimou a cantora e empresária Preta Gil, geralmente só manifestam sintomas em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e diminui as chances de cura. Por isso, pessoas com fatores de risco devem começar os exames de rastreamento antes dos 50 anos, que é a idade recomendada para a população em geral.

O cirurgião gastrointestinal Lucas Nacif, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, explica que o rastreio é feito com a análise da história de vida, com exame físico e exames de triagem, que são o exame de fezes e a colonoscopia.

"Quando o paciente tem algum familiar com câncer diagnosticado, essa idade vai diminuindo cada vez mais, e sendo mais específico e individualizado para cada pessoa. O rastreio é feito com a análise da história de vida, com exame físico e os dois principais exames de triagem, são o exame de fezes, para ver se tem sangramento oculto, e a colonoscopia, que a gente vê dentro do intestino e procura nódulos, pólipos e câncer."

Número

Os cânceres de cólon e reto, que atingem o intestino, são os terceiros mais frequentes do Brasil, com cerca de 45 mil novos registros por ano, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer para o triênio de 2023 a 2025. A incidência é maior na Região Sudeste - onde ele sobe para a segunda posição de novos casos - e entre as mulheres.

Nacif explica que o câncer geralmente se desenvolve a partir de lesões benignas, como pólipos, o que aumenta o alerta para pessoas com essa condição, e quadros como Doença de Crohn e outras inflamações intestinais crônicas. Além disso, o sedentarismo, a obesidade, o consumo regular de álcool, tabaco, superprocessados e a alimentação desequilibrada também são fatores de risco.

Infelizmente, de acordo com o especialista, ainda há um fator cultural que atrapalha o diagnóstico precoce.

"As pessoas têm receio de procurar um médico para fazer essa triagem, porque o exame começa com a avaliação física, e o médico normalmente tem que fazer um toque retal. Mas, com uma pequena avaliação, o médico já pode ser muito específico nessa prevenção. E ele não está avaliando se é bonito, feio, grande, pequeno... ele está fazendo um exame técnico."

Alerta

O cirurgião gastrointestinal alerta, ainda, para os riscos de só procurar aconselhamento médico após o surgimento de sintomas.

"Os sinais de alerta normalmente são a alteração no trânsito intestinal, seja muita diarreia ou intestino preso, perda de peso, sangramento nas evacuações, alguma dor abdominal também pode ser presente. Mas essas situações geralmente acontecem quando o câncer já está maior, por isso é tão importante o rastreio", finaliza. (Por Tâmara Freire - da Agência Brasil)

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