ESTÉTICA & BELEZA

Excesso de pele nas pálpebras pode exigir correção cirúrgica

O nome é diferente, mas a explicação é simples.

Em 08/04/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

O nome é diferente, mas a explicação é simples. Dermatocaláze é uma condição que leva ao aumento excessivo de pele nas pálpebras. O excesso de pele causa dobras que dificultam o movimento palpebral superior, devido ao peso e à perda da força do músculo levantador das pálpebras.

A dermatocaláze também pode afetar as pálpebras inferiores, devido à herniação da gordura orbital ou ainda pelo enfraquecimento do septo orbital, resultando em bolsas de gordura sob os olhos. 

 Segundo a oftalmologista Dra. Tatiana Nahas, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, na maioria dos casos a dermatocaláze está associada ao processo natural do envelhecimento, que leva a uma maior flacidez da pele e enfraquecimento dos músculos e tecidos.  

 “A dermatocaláze pode também ter ligação com condições como tabagismo, perda da elasticidade da pele, enfraquecimento do tecido conjuntivo das pálpebras, insuficiência de colágeno, orbitopatia relacionada à tireoide, insuficiência renal, traumas na região, cútis laxa, síndrome de Ehlers-Danlos, amiloidose, edema angioneurótico hereditário e xantelasma”, cita Dra. Tatiana.   

 É a mesma coisa que ptose palpebral?

Esta é uma dúvida muito comum do público leigo. “É muito importante diferenciar a dermatocaláze da ptose palpebral (queda das pálpebras). Inclusive, esse excesso de pele pode se apresentar como uma pseudoptose, mas são diagnósticos diferentes. Há ainda outros diagnósticos diferenciais que o médico precisa descartar quando se trata de dermatocaláze”, reforça Dra. Tatiana.  

 Tratamento é cirúrgico

“O tratamento padrão ouro para a dermatocaláze é a blefaroplastia, cirurgia plástica que irá remover o excesso de pele e devolver o padrão estético”, comenta Dra. Tatiana, especialista em cirurgia de pálpebras.

 É possível prevenir?

O envelhecimento natural é o principal fator de risco. Portanto, não é um aspecto evitável. Mas, adotar bons hábitos, como não fumar, proteger as pálpebras do sol, diminuir a ingestão de sal e sódio e manter a pele das pálpebras bem hidratada podem ser medidas preventivas. 

“Lembrando que quando a dermatocaláze está relacionada a outras doenças, não há como prevenir. Nestes casos, o mais importante é procurar um oftalmologista especialista em blefaroplastia, também chamado de oculoplasta, para avaliar o quadro e realizar a cirurgia”, encerra Dra. Tatiana.