ECONOMIA INTERNACIONAL
Exportações da China caem 8% em julho e elevam pressão por mais estímulos.
As importações também caíram acentuadamente em relação a um ano antes, em linha com previsões do mercado.
Em 08/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
PEQUIM/XANGAI - As exportações da China recuaram 8,3 por cento em julho, sua maior queda em quatro meses, em um resultado bastante pior que o esperado, reforçando expectativas de que Pequim será forçada a fornecer mais estímulos para amparar a segunda maior economia do mundo.
As importações também caíram acentuadamente em relação a um ano antes, em linha com previsões do mercado, mas sugerindo que a demanda doméstica pode estar muito débil para compensar a demanda global mais fraca pelas exportações chinesas.
Economistas previam que as exportações cairiam apenas 1 por cento, após alta de 2,8 por cento em junho, mas o dado deste sábado mostrou demanda deprimida da Europa e a primeira queda nas exportações para os Estados Unidos, maior mercado da China, desde março.
As exportações para a União Europeia caíram 12,3 por cento em julho, enquanto as para os Estados Unidos declinaram 1,3 por cento. A demanda do Japão, outro grande parceiro comercial, baixou 13 por cento.
"Uma recuperação na demanda externa permanece distante e o crescimento econômico continuará a depender da demanda doméstica, o que indica que políticas devem continuar a ser abrandadas no segundo semestre", escreveu Qu Hongbin, economista para a China no HSBC.
As importações caíram 8,1 por cento, mostraram os dados da Administração Geral das Alfândegas. As previsões apontavam um declínio de 8 por cento, após queda de 6,1 por cento em junho, embora essas quedas também tenham refletido preços mais baixos de commodities.
Da Reuters