ECONOMIA CAPIXABA

Exportações de rochas ornamentais crescem 17% de janeiro a setembro de 2016.

O total comercializado passou de 1,25 milhão para 1,47 milhão de toneladas.

Em 26/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O momento é ruim para a economia brasileira, mas o Espírito Santo, maior exportador de rochas ornamentais do país, consegue manter as negociações estáveis. De acordo com dados divulgados pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), de janeiro a setembro de 2016 foi registrado um aumento de 17,47% nas exportações em relação ao mesmo período do ano passado. O total comercializado passou de 1,25 milhão para 1,47 milhão de toneladas.

Porém, mesmo diante dos dados positivos, a alta não significa mais dinheiro para o setor, já que, no período analisado, houve queda de 4,85% em valores, quando as exportações passaram de US$ 762 milhões de janeiro a setembro de 2015 para US$ 725 milhões este ano. Ainda assim, a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, explica que o resultado é positivo para o segmento.

“No decorrer do ano de 2016, registramos valores negativos por conta de um movimento mundial de queda de preços dos produtos e também pelas dificuldades enfrentadas pela economia brasileira. Porém, já começamos a sentir uma pequena melhora, já que de janeiro a agosto de 2016 esta queda era de 5,69% e passou para 4,85% de janeiro a setembro. Mesmo sendo uma recuperação sutil, ela é muito significativa”, afirma.

China

Olívia destaca, ainda, o aumento nas exportações para a China, principal comprador dos blocos de rochas ornamentais brasileiras. As negociações com o país asiático tiveram aumento de 40,88% no período analisado. Outros dois países com comercializações positivas foram Catar, que registrou saldo positivo de 198%, e Cingapura, com aumento de 79,94%.

Já as negociações com os Estados Unidos sofreram uma pequena queda de 10% nas negociações de janeiro a setembro de 2016, em relação ao mesmo período do ano passado. “O dado negativo é explicado, principalmente, pela queda dos preços das rochas ornamentais provocada pela entrada no mercado exportador de empresas que atuavam somente no mercado interno e que, por causa da redução drástica de compras pelo mesmo, migraram para o mercado externo, tendo como único diferencial a redução dos preços em dólares. Ainda assim, o país lidera as compras em volume de rochas ornamentais brasileiras”, finalizou. 

Por Laísa Rasselli