ECONOMIA INTERNACIONAL
Exportações e importações da China caem mais que o esperado.
As exportações caíram 7,3% em outubro na comparação com 2015.
Em 08/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
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As exportações e as importações da China caíram mais do que o esperado em outubro, com a demanda doméstica e global fraca aumentando as dúvidas sobre se uma recuperação da atividade econômica na maior nação comercial do mundo pode ser sustentada.
As exportações caíram 7,3% em outubro na comparação com o ano anterior, enquanto as importações encolheram 1,4%, mostraram dados oficiais divulgados nesta terça-feira, levantando temores de que a recuperação observada nos últimos meses pode vacilar.
Isso deixou o país com um superávit comercial de US$ 49,06 bilhões no mês, segundo a Administração Geral da Alfândega, ante expectativa de US$ 51,7 bilhões e US$ 41,99 bilhões em setembro.
Embora dados recentes tenham sugerido que a segunda maior economia do mundo estava se estabilizando, analistas alertam que um boom imobiliário, que gerou uma parcela significativa do crescimento, pode estar atingindo o ponto máximo, reduzindo a demanda por materiais de construção.
De fato, as importações chinesas de minério de ferro, petróleo, carvão e cobre caíram em outubro, após sua demanda forte ter impulsionado os preços globais de muitas commodities neste ano.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que as exportações em outubro recuassem 6 por cento sobre o ano anterior, ante a contração de 10% em setembro. A expectativa para as importações era de queda de 1%, após recuo de 1,9% em setembro.
"Nossa conclusão é de que a demanda externa permanece fraca, mas não piorou significativamente. Embora as exportações e as importações tenham ficado aquém das expectativas, elas melhoraram em relação ao mesmo período do ano passado", disseram economistas do ANZ em nota, destacando que a taxa de declínio em outubro se moderou ante setembro.
Mesmo assim, as exportações nos primeiros 10 meses do ano caíram 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações perderam 7,5%.
Fonte: Reuters