ECONOMIA INTERNACIONAL

Exportação de carne dos EUA alcança recorde de 2,31 milhões de toneladas.

O faturamento atingiu US$ 5,94 bilhões.

Em 13/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As exportações de carne suína pelos Estados Unidos bateram recorde no ano passado, com 2,31 milhões de toneladas, superando o pico de 2012, em cerca de 2%, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na silga em inglês), compilados pela Federação de Exportações de Carnes dos Estados Unidos (USMEF). Ante 2015, o crescimento foi de 8%. O faturamento atingiu US$ 5,94 bilhões – alta de 7% ante o ano anterior. Segundo A USMEF, o crescimento foi impulsionado pela demanda do México, responsável pela aquisição de 730,31 mil toneladas em 2016, com US$ 1,36 bilhão. “Em época de ampla produção de carne suína, fica até difícil estimar a importância da demanda mexicana para a indústria norte-americana”, afirmou o presidente da USMEF, Philip Seng. “Isso é ainda mais evidente para presuntos, já que estamos fora da Rússia – que era o principal destino deste produto – e a demanda chinesa por presuntos ficou moderada nos últimos meses. Então, agora mais do que nunca, nós necessitamos da forte demanda de nossos consumidores chaves no México, e eles vêm respondendo com resultados extraordinários.” O comentário de Seng chega em meio à incertezas sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e México, por causa das declarações do presidente norte-americano Donald Trump, que tem planos de deportações de migrantes, além de pressionar as empresas a criarem empregos nos EUA. Desde à posse de Trump, os mexicanos têm sinalizado uma intensificação na busca por diversificar seus mercados fornecedores, inclusive com uma aproximação do Brasil. Na semana passada, o ministro da Agricultura brasileiro, Blairo Maggi, afirmou que empresários mexicanos participarão de uma rodada de negócios em São Paulo nos próximos dias 20 e 21. O interesse é negociar a compra de soja e de carnes bovina e suína do Brasil. Para Maggi, a atuação protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode abrir oportunidades para o Brasil. O ministro da Agricultura mexicano, José Eduardo Calzada, também deve visitar o Brasil.

Estadão Conteúdos