CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Exército canadense investiga misterioso som no Ártico.
As especulações aumentaram desde que caçadores ouviram o barulho inúmeras vezes.
Em 20/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Um estranho barulho no Ártico deixou os canadenses intrigados. Seria um mamífero marinho fazendo algo esquisito? Um submarino estrangeiro? Uma alucinação coletiva? Uma patrulha militar e especialistas acústicos foram enviados para investigar, disse o Exército nesta quinta-feira (19).
As especulações aumentaram desde que caçadores Inuit do vilarejo de Igloolik ouviram o barulho inúmeras vezes no Estreito Fury e Hecla no ano passado.
Localizado entre a Passagem Noroeste e a Baía de Hudson, este estreito é usualmente frequentado por narvais, baleias, focas e leões-marinhos. Mas no ano passado todos eles desapareceram, de acordo com os caçadores Inuit.
"Não há animais", disse Paul Quassa, oficial local eleito na Assembleia Legislativa de Nunavut, que acredita que o barulho seja o responsável por afastar a vida selvagem.
Seja qual for a origem, esse barulho "vem do fundo do oceano" e é alto, afirmou Quassa após ir ao local com um grupo de caçadores indígenas que foram os primeiros a reportar o ruído.
O Exército enviou em novembro uma patrulha aérea equipada com diversos sensores. Depois de uma hora e meia sobrevoando o local, a tripulação não encontrou nenhuma anomalia acústica na superfície do oceano e nem abaixo dela, contou à AFP a major Josee Bilodeau da Joint Task Force North.
"A tripulação observou duas baleias e seis morsas na área", acrescentou. O barulho não foi mais ouvido desde o relato original e o caso foi encerrado.
Mas em resposta às preocupações dos moradores Inuit, os militares enviaram dois especialistas acústicos para Igloolik que se juntarão à patrulha Canadian Rangers entre 25 de janeiro e 2 de fevereiro. Os Rangers são uma força de cinco mil soldados Inuit encarregada de tomar conta do vasto e escassamente povoado Ártico.
"A patrulha irá dar aos especialistas a oportunidade de obter em primeira mão os informes da população local que inicialmente relatou" a questão, disse Bilodeau.
Agencia France Presse