ESPORTE INTERNACIONAL
Federação de Futebol e dirigentes são alvo de buscas na Alemanha
Sede da Federação de Futebol e casa de dirigentes foram alvo nesta quarta-feira (7).
Em 07/10/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
“As investigações sobre suspeita de fraude corporativa e evasão fiscal se direcionam particularmente a seis dirigentes e ex-dirigentes da DFB", disse Nadja Niesen, uma das procuradoras envolvidas na investigação.
A sede da Federação de Futebol da Alemanha (DFB, na sigla em alemão) e até casa de dirigentes foram alvo de buscas nesta quarta-feira (7), numa investigação contra evasão fiscal na entidade. De acordo com a Procuradoria Pública de Frankfurt, 200 escritórios foram visitados pelas autoridades nos estados da Bavária, Renânia do Norte-Vestfália, Hesse, Baixa Saxônia e Renânia-Palatinado.
“As investigações sobre suspeita de fraude corporativa e evasão fiscal se direcionam particularmente a seis dirigentes e ex-dirigentes da DFB. Eles são acusados deliberadamente de declarar falso rendimento relativo às propagandas realizadas nas partidas disputadas pela seleção alemã em casa, entre 2014 e 2015”, disse Nadja Niesen, uma das procuradoras envolvidas na investigação.
A federação alemã é suspeita de deixar de pagar impostos no valor de 4,7 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões) no período. As autoridades não revelaram nenhum nome entre os investigados.
No período investigado, o presidente da DFB era Wolfgang Niersbach, que acabou renunciado ao cargo em novembro de 2015, ao ser envolvido em acusações relacionadas à organização da Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha.
Niersbach é um dos quatro réus neste caso – outros dois também foram dirigentes do Comitê Organizador da Copa e outro é o ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Um tribunal suíço já começou a julgar o caso, mas foi paralisado em abril, devido à pandemia do novo coronavírus.
“A julgar a partir das investigações anteriores, parece que os acusados sabiam sobre as irregularidades no pagamento dos impostos, mas decidiram de forma consciente para dar à DFB uma grande vantagem tributária”, disse Niesen. (Estadão Conteúdo)