POLÍTICA INTERNACIONAL

Fernández e Grupo de Puebla celebram liberdade de Lula

Alberto Fernández, assumirá a presidência da Argentina em 10 de dezembro.

Em 09/11/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: AFP/Arquivo

O Grupo de Puebla, que reúne líderes de esquerda da América Latina, comemorou a libertação do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião que recebeu o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, neste sábado em Buenos Aires.

“Estou feliz em ver Lula livre novamente”, exclamou Fernández em seu discurso de abertura, junto com a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.

“É sempre necessário estar ao lado daqueles que sofrem alguma injustiça”, enfatizou Fernández e recordou a visita que fez a Lula, a quem considera um político perseguido, na prisão durante sua campanha eleitoral.

Fernández também disse que, com a libertação de Lula e com sua eleição na Argentina, uma mudança de tendência começa na América Latina, onde nos últimos anos os governos de centro-direita triunfaram.

“Este será o grupo dos líderes que colocarão a América Latina em pé de novo. Vamos mudar a América Latina”, afirmou.

Em tom semelhante, Dilma afirmou: “Para todos nós da América Latina, a vitória de Alberto Fernández muda as condições e reverte a onda conservadora”.

Fernández assumirá a presidência da Argentina em 10 de dezembro, com a ex-presidente Cristina Kirchner como vice-presidente.

Dilma também afirmou estar “feliz” pela libertação de Lula “porque podendo andar livremente pelo Brasil pode trazer de volta a democracia e a paz”.

Fernández teve um atrito tenso com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que tinha pedido aos argentinos que votassem no atual governante liberal Mauricio Macri e anunciou que não comparecerá à cerimônia de posse do presidente eleito.

No entanto, Fernández disse neste sábado que “a unidade do Brasil e da Argentina é indissolúvel e nenhum governo de conjuntura pode quebrá-la”.

Crises na Bolívia e no Chile

O presidente eleito argentino ofereceu seu apoio ao boliviano Evo Morales, cuja reeleição para um quarto mandato em eleições controversas desencadeou uma onda de protestos nas ruas, aos quais uma rebelião policial foi adicionada na sexta-feira. AFP