MEIO AMBIENTE
Fibria adota tecnologia pioneira para ampliar eficácia no controle de incêndios.
A empresa espera reduzir extensão das queimadas.
Em 09/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Combater com eficácia os incêndios florestais e minimizar as perdas que eles provocam é um desafio para as empresas de base florestal. A Fibria vem aprimorando a sua estratégia nessa área e, com essa finalidade, está adquirindo uma nova frota de veículos adaptados e equipados com tecnologia capaz de controlar rapidamente os focos de incêndio. Eles utilizam o sistema CAFS – Sistema gerador de espuma com ar comprimido (na sigla em inglês), cujo uso no combate a incêndios florestais será feito de forma pioneira no Brasil pela Fibria.
Com maior poder de combater o fogo, cada veículo leva 10 mil litros de água, mas é como se levasse o equivalente a nove caminhões-pipa, ou seja, um volume de cerca de 90.000 litros. O diferencial é que os tanques da frota da Fibria também levam espuma e ar comprimido, aumentando em até 20 vezes o volume de água equivalente, o que amplia a eficácia no controle do fogo com menor uso de água.
Com esse novo sistema, em que cada caminhão-tanque conta com duas mangueiras de aspersão, possibilitando fazer o combate simultâneo em dois pontos, a expectativa da empresa é reduzir em 40% a extensão de áreas queimadas por focos de incêndio em suas propriedades.
Esse modelo de proteção florestal é pioneiro no Brasil e coloca a empresa na vanguarda em termos de tecnologia. “A nova estratégia garante mais agilidade e assertividade às nossas operações de combate a incêndios florestais”, observa o gerente de Silvicultura e Viveiro da Fibria, Rodrigo Zagonel.
A adição de ar comprimido e espuma na água multiplica em muitas vezes o seu volume, o que contribui para combater os incêndios em menor tempo e com menos água, segundo explica Edmilson Bitti, coordenador de Desenvolvimento Operacional da Fibria. Com a nova estratégia, a empresa espera reduzir para até 20 minutos o tempo de resposta no controle de incêndios florestais e, consequentemente, os impactos ambientais e econômicos deles decorrentes.
A nova frota de veículos de combate a incêndios tem nove veículos, que atuarão em áreas localizadas nas regiões de Aracruz e Conceição da Barra, no Espírito Santo, e em municípios do sul da Bahia. Ela vai reforçar o trabalho das equipes de Silvicultura e de Restauração Ambiental na proteção das áreas florestais da Fibria (plantios de eucalipto e reservas nativas).
Big Brother Florestal – A estratégia de combate a incêndios da empresa inclui também o monitoramento a partir de câmeras distribuídas nos plantios florestais, que transmitem informações em tempo real para uma Central de Monitoramento. Esse acompanhamento permite detectar mais rapidamente os focos de incêndio e atuar no combate antes que o fogo se alastre. “É uma espécie de Big Brother Florestal”, compara Edmilson.
O coordenador de Desenvolvimento Operacional da Fibria explica que os recursos tecnológicos são importantes, mas a empresa também conta com uma equipe treinada e preparada para atuar no controle de incêndios sempre que a situação exige. Incluindo as áreas de Silvicultura, Restauração Ambiental e Proteção Florestal, no Espírito Santo e na Bahia, são mais de 400 profissionais que recebem treinamentos todos os anos e estão sempre prontos para eventuais necessidades envolvendo ocorrência de incêndios em áreas da empresa.
A preocupação com os incêndios florestais é maior nessa época do ano, quando a estiagem e os ventos contribuem para propagar o fogo. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), as ocorrências de incêndio no país estão acima da média histórica. No Brasil, são registrados anualmente cerca de 175 mil focos por ano, mas foram 236 mil em 2015. No Espírito Santo foram registrados em 2015 mais de 1.000 focos, quase quatro vezes acima da média histórica, que é de 319 focos anuais.
Fonte: FIBRIA