NEGÓCIOS

Fibria vê alta em investimentos e possibilidade de fusões

A Fibria é a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo.

Em 05/12/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Fibria Celulose (FIBR3.SA), maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, informou nesta terça-feira que projeta uma alta de quase 60 por cento em investimentos no próximo ano, à medida que busca aumentar sua capacidade e executivos disseram avaliar fusões mais para frente.

Em encontro com investidores em Nova York, a Fibria estimou investimentos de 3,43 bilhões de reais em 2018, acima dos 2,18 bilhões de reais desembolsados em 2017.

Aproximadamente 444 milhões de reais deste aumento virão de investimentos em sua recentemente concluída unidade Horizonte 2, que iniciou a produção de celulose em agosto.

A Fibria ainda informou que segue confiante em relação à demanda da China, o que contribuiu com uma série de reajustes nos preços da celulose este ano, ajudando a impulsionar as ações da companhia para máximas recordes nos últimos meses.

“Não há dúvida de que o crescimento chinês está longe de perder força”, informou a companhia em sua apresentação. “Na verdade, está chegando ao próximo nível, com metas muito agressivas.”

Explorar a demanda

Para explorar a demanda, a Fibria avalia potencial expansão, tanto na forma de outra fábrica em seu complexo no Estado de Mato Grosso do Sul quanto via possíveis fusões e aquisições, afirmou a repórteres o presidente-executivo da empresa, Marcelo Castelli.

A palavra de ordem em ambos os casos é “disciplina”, disse ele, apontando para a perspectiva relativamente equilibrada entre oferta e demanda nos próximos anos.

Castelli lembrou que a Fibria considerou comprar a rival Eldorado, mas depois decidiu que o ativo estava muito caro. A companhia foi vendida para o grupo holandês Paper Excellence NV, controlado pelos donos da indonésia Asia Pulp & Paper Co por 15 bilhões de reais.

Alguns analistas especularam que o acordo poderia precipitar uma nova onda de acordos na indústria.

Se houver consolidação, é provável que ocorra com um “m” maiúsculo e um “a” minúsculo, de acordo com Castelli. “Ninguém tem capacidade financeira suficiente para adquirir o outro... O nome do jogo é fusões”, acrescentou o executivo.

As ações da Fibria (FIBR3.SA) subiam 2,66 por cento às 16:17 na B3, cotadas a 45,07 reais. Até agora em 2017, os papéis subiram 44 por cento.

Os dois principais grupos de acionistas da companhia são o conglomerado industrial Votorantim e o banco estatal BNDES.

Foto: Estadão Conteúdo