ESPORTE NACIONAL

Flamengo domina o clássico, passa o Fluminense e fica a três pontos do G-4.

Com a derrota, tricolores se distanciam da zona de classificação para a Libertadores.

Em 06/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Em um clássico sem camisas 9 e 10, com as principais estrelas de cada lado fora de ação, quatro gols e uma bela festa das torcidas no Maracanã - 55.999 presentes e 50.468 pagantes. Com atuação segura, mesmo sem Guerrero e Éderson, os rubro-negros tiveram motivos para festejar neste domingo, diante do Fluminense. O time comandado por Oswaldo de Oliveira dominou a maior parte do jogo, teve volume ofensivo, venceu por 3 a 1 e ainda perdeu grandes oportunidades. Aos 40 da etapa final, eram cinco finalizações da equipe dirigida por Enderson Moreira contra 18 do rival. Os tricolores só conseguiram o primeiro chute a gol aos 45 minutos do primeiro tempo e marcaram de pênalti, com Jean. Um equívoco da arbitragem de Ricardo Marques também marcou a partida: a bola tocou no braço de Wallace antes de sobrar para Sheik abrir o placar. Os outros dois gols da quarta vitória consecutiva da equipe da Gávea no Brasileiro foram de Kayke e Paulinho.

Com a vitória, o Flamengo chegou aos 35 pontos e está somente a três do último colocado no G-4, o São Paulo. Os rubro-negros ocupam a sexta posição, mas ainda podem ser ultrapassados neste domingo pelo Santos, que enfrenta o Sport na Ilha do Retiro às 18h30 e, se vencer, somará 36 pontos. O Fluminense, por sua vez, permanece com 33 pontos, na oitava posição, mas também pode ser deixado para trás por Santos ou Sport. Na 24ª rodada, o Flamengo receberá o Cruzeiro no Maracanã, às 21h, na próxima quinta-feira. Os tricolores entram em campo na quarta, às 22h, para enfrentar o Coritiba no Couto Pereira.

O Flamengo começou a partida melhor e logo teve sua primeira chance. Após escanteio, Wallace, de cabeça, à queima-roupa, parou em Cavalieri. Na sobra, Kayke bateu sem dó, mas o goleiro tirou com a ponta dos dedos e auxílio da trave. Daí seguiram outras jogadas, pressão, e, aos nove minutos, o gol. Ilegal. Wallace esticou o braço no qual a bola desviou antes de cair à feição para a finalização de Sheik. O árbitro mineiro Ricardo Marques validou. O Fluminense tentou pressionar a saída de bola, adiantou a marcação, e levou um contra-ataque fatal. Pará acertou passe perfeito para Kayke concluir: 2 a 0, em 14 minutos. Aos 23, o substituto de Guerrero ainda perdeu chance incrível, sozinho. Somente aos 45 minutos a equipe das Laranjeiras deu o primeiro chute a gol, de Jean, para fora.

O Fluminense voltou para o segundo tempo tentando impor maior volume ofensivo, mas o Flamengo novamente não demorou para assumir o controle. Diego Cavalieri fez boa defesa no chute de Paulinho, que substituiu Armero com Éverton sendo deslocado para a lateral. Mas Samir faria o jogo novamente ferver. Em disputa pelo alto com Michael, agarrou o atacante, recebeu amarelo, e viu Jean cobrar o pênalti com categoria: 2 a 1. Apesar do gol, o Flamengo continuou com maior volume ofensivo. Aos 23 minutos, deu resultado. Sheik tocou para Kayke, que cruzou duas vezes para Paulinho marcar, de cabeça. O atacante estava impedido quando Kayke tentou lhe dar a bola pela primeira vez. O comentarista de arbitragem da TV Globo Leonardo Gaciba explicou que o gol foi legal. No fim, Éverton acabou expulso, ao receber o segundo amarelo por falta em Cícero, que cobrou para bela defesa de Paulo Victor antes do apito.

O clássico atraiu grande público mesmo com ambos os times sem seus camisas 9 e 10. O Fluminense, que já não teria Fred, sofreu um desfalque de última hora para o clássico: Ronaldinho Gaúcho não passou nos testes de vestiário por conta de uma forte virose, de acordo com uma nota oficial do departamento médico do clube. No Flamengo, três nomes de peso também ficaram fora: o atacante Paolo Guerrero, o meia Éderson, e o lateral-esquerdo Jorge.

Liberado no fim de agosto da suspensão por doping, Michael entrou no segundo tempo da partida contra o Corinthians e, no clássico deste domingo contra o Flamengo, teve sua primeira chance como titular no retorno. Foi novamente discreto na maior parte do tempo, mas sofreu o pênalti que resultou no gol de Jean. Do outro lado, Kayke vivia uma situação diferente, retornando ao clube no qual não se firmou depois de se destacar na base. Marcou dois gols contra o Avaí, na partida anterior. E, com 14 minutos de clássico, deixou sua marca também neste domingo.

Fonte: GE