CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Fotógrafo captura imagem da Estação Espacial Internacional no céu de Brasília.
De acordo com fotógrafo, estação fica visível por apenas três minutos no céu.
Em 27/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O designer e fotógrafo do Distrito Federal Felipe Bastos fotografou a passagem da Estação Espacial Internacional pelo céu de Brasília. A imagem que ele conseguiu fazer é composta de 11 fotografias de cinco segundos de exposição cada uma. A estação espacial passou pelo céu de Brasília às 5h11, da última quinta-feira (23), um pouco antes do amanhecer, com inclinação de 40 graus em relação a linha do horizonte.
“Ela passa super rápido. Não tem brechas para erros. Ela fica visível por três minutos no céu. A estação viaja a 8 quilômetros por segundo e dá uma volta na Terra a cada 92 minutos.”
Segundo o fotógrafo, ele acordou às 4h da manhã para fazer testes de exposição, foco e enquadramento. A passagem da estação espacial pelo céu de Brasília no dia 23 de fevereiro não foi a primeira. O diferencial, de acordo com Bastos, foi a angulação e o horário em que foi possível visualizar a estação.
“A estação passa direto por aqui, o negócio é que tem que ser um dia em que não tenha nuvens e num horário bom para fotografar.”
Bastos mora na última quadra da Asa Sul, e tem uma vista livre de outros prédios. Ele fotografou a estação espacial da varanda do apartamento. “Não tenho obstrução, tenho uma vista boa do aeroporto de Brasília e algumas árvores grandes, mas nada mais do que isso.”
O fotógrafo se formou em 2002 no curso de desenho industrial, na Universidade de Brasília, e há três anos abriu um estúdio com outros dois sócios. No dia a dia ele trabalha com fotografias de produtos, gastronomia e arquitetura. Nas horas vagas, há 17 anos Bastos conta que ‘brinca’ de fotografar estrelas, o céu e fazer imagens noturnas.
“Eu gosto de fazer foto noturna de longa exposição. Já fiz muita foto, ainda em filme, de avião decolando, por exemplo. Sempre gostei de fotografar a lua.”
A ideia de fotografar a Estação Espacial Internacional veio com uma imagem que Bastos viu em uma rede social de outro fotógrafo que havia feito o registro da estação passando pelo céu de Belo Horizonte. Ele acessou o aplicativo que anuncia horário e localidade em que é possível visualizar a estação a olho nu e se preparou para fotografá-la.
O fotógrafo diz que por enquanto não pensa em comercializar as imagens que fez tanto da estação como de raios e estrelas. Ele foi chamado por um amigo para falar sobre fotografias noturnas em um curso. Segundo Bastos, há um nicho empresarial para esse tipo de fotografia. “Mercado para isso tem, eu que nunca fui atrás. A fotografia de estrelas é uma coisa minha, é uma possibilidade, uma brincadeira.”
Por Graziele Frederico, G1 DF