CENÁRIO EMPREENDEDOR

Frutos da deficiência dos ensinos de base e superior

O mercado de trabalho é mais rigoroso com as pessoas com idade entre 18 e 24 anos.

Em 01/04/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Fotografia de Stock

É difícil dizer e, principalmente, conviver com a dura realidade de que os jovens têm menos chance de contratação e mais de serem demitidos.

Sem dúvida, o mercado de trabalho se apresenta muito mais rigoroso com as pessoas com idade entre 18 e 24 anos. Um recente estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), afirma que os jovens enfrentam maior dificuldades para conseguir um trabalho e, quando empregados, são as presas mais fáceis à demissão.

Diversos fatores influenciam para a construção deste cenário doloroso. O ensino de base no Brasil é deficiente, ponto! O ensino médio é ainda pior, onde menos de 10 % dos alunos aprendem matemática e, ao atingir 18 anos, são empurrados para a conclusão desta etapa, nem que seja à base daquele provão vergonhoso aplicado pelas escolas públicas – lá as estatísticas são mais importantes -, ponto!

A pergunta é: Qual a base de conhecimento que a esmagadora maioria desses jovens levam para o ensino superior? Nenhuma!

Neste universo, os que optam por buscar os conhecimentos necessários, cujo objetivo é alcançar a tão sonhada qualificação profissional, o caminho é ainda mais espinhoso.

Infelizmente, o que tenho visto e acompanhado por onde passo é que, as instituições de ensino superior, sejam públicas ou particulares, em grande maioria, também não estão muito preocupadas com a qualidade daquilo que entregam em salas de aulas físicas ou em ambientes virtuais, capaz de produzir o conhecimento suficiente para a formação profissional dos alunos.

Em uma recente palestra que ministrei para jovens de um curso técnico coloquei, em tom de brincadeira séria que, “sempre pesa o fato de que os mais jovens ainda não são chefes de família”. Porém, o aluno que quer ser diferente, que deseja fazer a diferença como pessoa e como profissional, tem de “se virar e garimpar o seu espaço, construindo a sua própria história”, não, apenas, permitir que instituições e professores ruins (existem centenas por ai), decidam sozinhos pelo seu destino.

Esses alunos também já têm consciência de que terão de enfrentar a instabilidade da economia, motivada pela falta de confiança dos investidores no país.

Além de tudo o que já dissemos, acrescento que os jovens ainda são os mais penalizados por se apresentarem com menor experiência profissional, óbvio, por isso, demandam mais tolerância e cuidados, mais instruções, além de maior carga de treinamentos, individual e coletivo, que orientam para a inclusão e permanência no mercado de trabalho.

Sobre o autor:

Prof. José Luiz Mazolini, é professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, do Correio Capixaba, do Portal CCNEWS Brasil, e palestrante/conferencista.

* www.mazoliniconsultoria.com.br

* professormazolini@gmail.com 

* diretoria@mazoliniconsultoria.com.br 

As principais notícias do Espírito Santo, do Brasil e do Mundo, você encontra no Portal CCNEWS BRASIL