ESPORTE NACIONAL
Futuro presidente, Leco é o nome favorito para "pacificar" o São Paulo
Diferentes grupos políticos apoiam nome do presidente do Conselho Deliberativo do Tricolor.
Em 12/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, projeta assumir o São Paulo com problemas. Ele será o novo presidente na terça-feira, quando o presidente Carlos Miguel Aidar pretende oficializar sua renúncia. Pelo estatuto, Leco terá até 30 dias para convocar uma nova eleição, na qual é favorito e poderá ser candidato único para comandar o clube até abril de 2017.
– Com problemas (vai assumir o São Paulo). Vou ter de tomar uma série de medidas de pacificação e acomodação, para transmitir tranquilidade a todos os seguimentos do clube. Vejo (a renúncia) como um fato triste. É uma pena que tenha chegado a esse ponto. Nunca vi uma situação como essa – afirma Leco, que confirmou a existência da gravação feita por Ataíde Gil Guerreiro com provas contra Aidar.
A reportagem do GloboEsporte.com conversou com integrantes dos grupos políticos "Vanguarda", "Participação", "Clube da Fé", "Força São Paulo", "Legião Tricolor", "Movimento São Paulo" e ex-diretores da gestão de Aidar. Apesar da indefinição de alguns deles sobre qual candidato pretendem apoiar, Leco aparece como favorito.
Outros nomes citados são de Fernando Casal de Rey, presidente de 94 a 98, Paulo Amaral, mandatário de 2000 a 2002, e José Eduardo Pimenta, no comando do clube de 90 a 94. Eduardo Alfano, ex-diretor de relações internacionais, é cotado para representar o "Governabilidade", mas ele nega. Esse grupo seria formado pela união do "Vanguarda", "Força São Paulo" e "Movimento São Paulo", com os principais aliados de Aidar. Eles representariam de 75 a 80 conselheiros com apoio único a um candidato – o Conselho tem 240 membros no total. Nessa semana, os três grupos terão uma reunião para definir os rumos políticos.
Também nessa semana, Leco vai fazer reuniões com grupos políticos para buscar consenso e articular como pretende governar o clube. A ideia é compor a nova diretoria com nomes de diferentes frentes.
– Ele (Leco) deve propor uma diretoria de coalizão, com várias frentes políticas. Não tenho o espírito de voltar. Não acho que quem foi presidente deva retornar. O São Paulo precisa de renovação, com ideias novas. Acho que pode ter um entendimento com o Leco. Se não houver, aí algum grupo pode querer lançar um candidato. Não gostaria (de ser o presidente), mas não descarto nada. Espero que o Leco faça um grupo que atenda todos interesses – disse Fernando Casal de Rey.
Na visão de Marco Aurélio Cunha, ex-superintendente do São Paulo e atual diretor do departamento de futebol feminino da CBF, a melhor saída para o clube seria a confirmação de Leco para a presidência. Cotado por parte dos grupos políticos, ele descarta assumir a presidência nesse momento.
– Tudo o que não devemos fazer é criar ainda mais disputa no São Paulo. É hora de conciliação. Quis o destino que o Leco fosse o presidente do Conselho e assumisse interinamente. Seria mais saudável ter um candidato único. Não é hora de grupos políticos. Se ele pudesse fazer até 2017 um governo de correção de rumos, unidade e evitando nomes desgastados, tanto do Aidar, como do Juvenal, poderia fazer um São Paulo organizado e sem disputa – afirmou Marco Aurélio.
Favorito entre os grupos políticos consultados, Leco só teria rejeição pela ligação com Juvenal Juvêncio, segundo conselheiros alinhados com a atual gestão. Outro fator importante, de acordo com fontes consultadas, é a diretoria escolhida pelo novo presidente. Nomes como o do vice-presidente de marketing Douglas Schwartzmann, citado no e-mail de Ataíde, sofrem forte rejeição – o "Movimento São Paulo" quer que ele seja inocentado das acusações.
Fonte:GE