ECONOMIA NACIONAL

G-20 será oportunidade para Brasil mostrar propostas de reformas.

O encontro que será realizado nos dias 4 e 5 de setembro em Hangzhou, na China.

Em 25/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros,  embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey, avaliou nesta quinta-feira,  25, que Cúpula de Líderes do G-20 do próximo mês será uma oportunidade  para o novo governo mostrar aos demais países do grupo suas propostas de  reformas econômicas. Caso confirmado o impeachment da presidente  afastada Dilma Rousseff, o presidente em exercício, Michel Temer, tem  presença confirmada no encontro que será realizado nos dias 4 e 5 de  setembro em Hangzhou, na China.

"Se Temer for confirmado no  cargo, a principal mensagem que tentará transmitir é a da transição  política, com ênfase no novo programa econômico do Brasil", disse  Cozendey. Segundo ele, caso o impeachment não seja aprovado no Senado,  caberá a Dilma decidir se participará da reunião na China, mas até o  momento não houve contato entre o Itamaraty e a presidente afastada.

Já  como presidente efetivo do Brasil, Temer também teria uma série de  encontros bilaterais com os chefes de Estado de países membros do G-20, a  pedido desses governos. O anfitrião China, Espanha, Itália e Arábia  Saudita já solicitaram essa agenda com Itamaraty.

Antes da  Cúpula

Antes da  Cúpula nos dias 4 e 5, a delegação brasileira participará ainda no dia 2  de um encontro em Xangai no qual empresários brasileiros e chineses  discutirão oportunidades de comércio e investimentos. De acordo com o  embaixador, a lista de ministérios que irão participar da viagem ainda  não está fechada.

Em briefing sobre a cúpula, Cozendey  destacou que os países do G20 devem avaliar o andamento de medidas de  coordenação macroeconômicas propostas há dois anos - durante a  presidência australiana no grupo - que tinham como objetivo alavancar em  2 pontos porcentuais o crescimento da economia global em cinco anos.  Cerca de 45% da medidas propostas já foram executadas, 15% estão em  dificuldades e o restante se encontra em processo de execução.

"Em  Hangzhou será feita uma avaliação do que já foi feito pelos países. E  como em toda cúpula do grupo, será aprovado novo plano de ação com  propostas de políticas econômicas para ajudar o crescimento da economia  global", detalhou o embaixador.

Um segundo pilar proposto  pela presidência chinesa no G-20 será buscar fatores e elementos  estruturais que possam gerar crescimento a médio prazo. "O G-20 tomou  muitas medidas de curto prazo durante a crise. Agora, a intenção é  colocar em discussão fatores estruturais para retomar crescimento",  acrescentou, destacando temáticas como inovação, economia digital e a  chamada nova revolução industrial.

A cúpula

A cúpula também deverá  abordar a contribuição do G-20 para a Agenda 2030 da Organização das  Nações Unidas (ONU) que tem foco no desenvolvimento sustentável. Os  países membros também devem aprofundar a cooperação na área  anticorrupção, aprovando princípios sobre pessoas procuradas por  corrupção e sobre recuperação de ativos. "A troca de informações  tributárias para evitar evasão fiscal continua e está sendo  implementada", completou Cozendey.

Além disso, há uma  série de outras discussões que também serão abordadas no encontro. Os  países devem trocar impressões e diagnósticos com o comércio mundial e  sobre os princípios que devem gerir acordos de investimentos. Também  haverá debates sobre energias renováveis e a diversificação de  instrumentos financeiros para a área de infraestrutura.

De  acordo com Cozendey, o Brasil deverá participar ativamente também das  discussões sobre plataformas de empreendedorismo inclusivo e de  diretrizes sobre agricultura familiar.

Da Agência Estado