CENÁRIO EMPREENDEDOR
Ganhar dinheiro não é pecado
É possível ser bem-sucedido e gerar lucro sem corromper seus princípios.
Em 17/02/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Os críticos do capitalismo enxergam as grandes empresas como monstros insaciáveis que só querem acumular riqueza. Já os grandes executivos e empresários são vistos por parte considerável da sociedade como seres gananciosos, desumanos e mal-intencionados. Não se pode negar que alguns deles fazem justiça à fama, mas daí a dizer que o mundo dos negócios só funciona na base da falta de escrúpulos, há uma grande distância e trata-se de uma generalização injusta.
Tenho, e leio sempre que possível, o livro “Ganhar dinheiro não é pecado”, uma incrível obra contendo 240 páginas, que apresenta uma ideia tão simples quanto desafiadora: a de que é possível ser bem-sucedido e gerar lucro sem corromper seus princípios, nem vender a própria alma.
Um livro inspirador e original, onde o autor Theodore Roosevelt Malloch apresenta o conceito de "capital espiritual", explicado por meio de exemplos de empresas que operam com modelos éticos baseados em princípios espirituais e que estão entre as maiores no mundo dos negócios.
Sim, é verdade! Ganhar dinheiro não é pecado, assim como , ter qualidade de vida também não é pecado, além de serem merecidos e necessários.
Lendo o livro, atentamente, sobre as sábias ideias e orientações de Roosevelt, consegui interpretá-las por ângulos e percepções abrangentes, que me permitiram flutuar no universo da imaginação, ir além do ambiente corporativo e chegar, por exemplo, a excelência da gestão pública, quando a criatividade se manifesta na direção e na essência da qualidade de vida de uma população.
Neste sentido, veio logo à minha mente, Singapura, que se transformou de um centro de poluição em uma “cidade modelo” quando se trata de educação e de preservação ambiental, por exemplo.
De longe, a paisagem da cidade parece com qualquer outra cidade moderna, com muitos arranha-céus gravados, mas, no entanto, um coração verde cresceu no centro da cidade, espalhando-se na mente de seu povo e nas paredes de seus edifícios.
Isso começou em1960, pelo então primeiro-ministro Lee Kuan Yew, também conhecido como “chefe dos jardineiros”, que fez de Singapura uma cidade-estado limpa e verde.
Naquela década, o esgoto bruto carregava canais já poluídos com tanto lixo que despejavam águas parecidas com lodo em seu principal rio e nas áreas vizinhas. Singapura era como qualquer outro país em desenvolvimento, sem saneamento adequado, sujo e poluído e enfrentando altos índices de desemprego, conforme relatou o ministro do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Singapura, Masagos Zulkifli, em discurso a Global Environment Outlook 6 (GEO6).
Segundo ele, esses desafios foram difíceis, considerando as limitações como pequeno estado insular com recursos limitados, sem água potável suficiente, sequer.
Esses problemas estimularam a rápida industrialização para ajudar a melhorar as condições de vida dos cidadãos de Singapura, mas a urbanização generalizada só agravou as preocupações ambientais.
Como resultado, a geração que foi pioneira nessa mudança entendeu que, se Singapura se tornasse “um bom lugar para se viver”, então, as pessoas viriam e investiriam. E foi o que aconteceu.
Sobre o autor:
Prof. José Luiz Mazolini, é professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, do Correio Capixaba, do Portal CCNEWS Brasil, e palestrante/conferencista.
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