ECONOMIA NACIONAL
Governo contrata 4,6 GW de potência em leilão de energia
Aneel, o MME e a CCEE realizaram o primeiro leilão para contratação de reserva de energia
Em 21/12/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O certame teve como objetivo garantir o fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio da contratação de potência elétrica e de energia associada proveniente de usinas termelétricas novas e existentes, com início de suprimento em 2026 e 2027.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizaram hoje (21) o primeiro leilão para contratação de reserva de capacidade de geração de energia no Brasil. No total, 4,6 gigawatts de disponibilidade de potência foram negociados, valor equivalente a um terço da geração da usina de Itaipu Binacional.
O certame teve como objetivo garantir o fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio da contratação de potência elétrica e de energia associada proveniente de usinas termelétricas novas e existentes, com início de suprimento em 2026 e 2027. A capacidade contratada poderá ser acionada, ou não, conforme a necessidade.
“A partir de julho de 2026, os empreendimentos contratados deverão oferecer a potência pelo preço ofertado no leilão sempre que o Operador Nacional do Sistema (ONS) solicitar o despacho em momentos de pico da demanda dos consumidores. Essa medida reduz custos na geração em períodos secos, em especial nos anos de escassez hídrica como o verificado em 2021”, explicou a Aneel, em comunicado.
As termelétricas são acionadas quando as hidrelétricas não conseguem suprir a demanda por energia. Por serem, normalmente, movidas a carvão, têm um custo maior para os consumidores e são mais poluentes.
O produto Potência, novidade no leilão, foi vendido por 17 usinas termelétricas e contratado diretamente pelos consumidores de energia, por intermédio do governo federal, ao custo médio de R$ 824,5 mil por megawatt-hora ao ano (R$/MW.ano). Houve um deságio de 15,34% em relação ao preço inicialmente previsto, que, segundo a Aneel, se refletirá em uma economia de mais de R$ 10 bilhões para os consumidores de energia.
Os empreendimentos vencedores foram nove termelétricas movidas a gás natural e uma a bagaço de cana-de-açúcar, além de cinco a óleo combustível e duas a óleo diesel que participaram do leilão por força de liminares na Justiça. Os investimentos previstos somam R$ 5,98 bilhões, com receita fixa de R$ 3,4 bilhões por ano. Os contratos terão vigência de 15 anos.
Já o leilão do produto Energia não teve negociações.
A expectativa dos promotores do leilão é de que mais usinas renováveis sejam contratadas pelas distribuidoras, ajudando a tornar a matriz elétrica brasileira “menos custosa e mais sustentável” e dando mais segurança energética para a população. (Por Andreia Verdélio/Agência Brasil)
Leia também:
> Vendas do Tesouro Direto superam resgates em R$ 1,306 bi
> Fim de ano é uma armadilha para compradores compulsivos
> Relator do Orçamento fixa salário mínimo de R$1.210 em 2022
> Segunda parcela do décimo terceiro deve ser paga até hoje
> Mercado diminui projeção para o crescimento da economia
> Confiança da indústria cai em dezembro em 28 setores, diz CNI
> Presidente aprova mistura de 10% de biodiesel no óleo diesel
> Ministro Edson Fachin é eleito próximo presidente do TSE
> Câmara só vota em fevereiro projeto que legaliza cassinos
> Presidente assina MP que viabiliza plano de saúde para a PF
TAGS: LEILÃO | ENERGIA ELÉTRICA | ANEEL | MME | CCEE