CIDADE
Governo de SP diz que não terá ajuda do Exército domingo na Av. Paulista.
PM fará segurança na passagem de tocha paralímpica será neste domingo.
Em 02/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O governo de São Paulo disse nesta sexta-feira (2) que não solicitou ajuda das Forças Armadas para garantir a segurança da passagem da tocha paralímpica neste domingo (4), na Avenida Paulista. Um decreto do presidente Michel Temer autorizava o uso das Forças Armadas para garantia da lei e da ordem no revezamento da tocha paralímpica dos Jogos Rio-2016" nas cidades que a tocha for passar.
"Está ocorrendo uma confusão. Foi editado um decreto pelo presidente Michel Temer permitindo, em todos os locais do país, a utilização das Forças Armadas na Paralimpíada", afirmou o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho.
"Isso não quer dizer que vai haver Forças Armadas na Avenida Paulista. A tocha olímpica percorreu o Estado de São Paulo inteiro, fizemos a escolta somente com a Polícia Militar. Não há a menor necessidade de as Forças Armadas atuarem na segurança da tocha paralímpica."
Movimentos contrário ao governo Temer anunciaram em redes sociais que vão fazer novos protestos neste domingo na Paulista. A SSP informou ainda que é obrigatória, segundo a Constituição, a comunicação de hora, local e trajeto em que se realizarão os atos públicos e que não foi avisada.
A SSP informou, nesta quinta-feira (1º), que não vai permitir manifestações na Avenida Paulista. A medida foi adotada em reunião com os comandos das polícias Civil e Militar, após a realização de dois protestos que fecharam a avenida nesta quarta-feira (31). Esta semana, a região central de São Paulo foi palco de quatro dias seguidos de confrontos entre manifestantes e policiais.
Série de protestos
A região central de São paulo foi palco de protestos contra o governo Temer nos últimos quatro dias. Na segunda-feira (29), os protestos foram na região da Avenida Paulista, onde a Polícia Militar jogou bombas para dispersar manifestantes. Na terça-feira (30), manifestantes bloquearam estradas e vias importantes de São Paulo pela manhã. À noite, outra manifestação na Paulista foi encerrada com a polícia fazendo usa de bombas de gás lacrimogêneo.
Nesta quarta-feira (31), após o Senado votar pelo impeachment de Dilma Rousseff, a Paulista foi palco de duas manifestações, uma a favor do presidente Michel Temer, e o outro contra a sua posse. Os manifestantes bloquearam avenida e colocaram fogo em papeis e lixo na caminhada em direção ao Centro. Uma viatura da polícia também foi atacada. Houve ataques a agências bancárias. A Tropa de Choque foi acionada para dispersar a manifestação. Uma jovem foi atingida no olho e disse ter perdido a visão.
Na quinta-feira (1º), em mais uma manifestação no Centro de São Paulo, a Polícia Militar usou bombas depois que um grupo de manifestantes passou a jogar paus e pedras.
Fonte: g1-SP