EDUCAÇÃO

Governo do ES ainda não sabe se implanta Escola Viva este ano.

Novo modelo estica o tempo de permanência dos alunos da escola.

Em 13/06/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O secretário de Educação do Espírito Santo, Haroldo Rocha, disse, nesta sexta-feira (12), que ainda não sabe se o programa Escola Viva, que aumenta para tempo integral o período de permanência dos alunos da rede pública estadual na escola, será implantado já neste ano. O projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (10) e enfrentou resistência de estudantes.

A Escola Viva é um novo modelo de Ensino Médio em turno único, que traz inovações pedagógicas e de gestão, orientando o jovem a ser protagonista e a construir seu projeto de vida. As bases da Escola Viva são: gestão, pedagogia e monitoramento de resultados. Nesse modelo, os profissionais terão dedicação integral e o tempo que o aluno permanece na escola será de 9 horas e 30 minutos.

O Governo tem a expectativa de montar a primeira Escola Viva ainda este ano, no segundo semestre letivo. Para isso, todo o processo de implantação deveria ser feito em pouco mais de um mês, até 22 de julho. Por isso, o Governo ainda não anunciou uma decisão definitiva sobre a questão.

“Nós trabalhamos intensamente desde o dia 2 de janeiro para que possamos chegar no dia 22 de julho e implantar a escola. Se considerarmos que não é possível agora, vamos começar no ano que vem”, disse o secretário.

Caso o programa seja implantado este ano, a unidade a “hospedar” o novo modelo de ensino será um espaço físico alugado pelo Governo e não uma escola da rede estadual já existente e em funcionamento.

“Estamos trabalhando na contratação de prédio novo, para dar a oportunidade já esse ano aos jovens que quiserem, começar a essa experiência inovadora”, disse Haroldo. Os dois espaços cotados para serem alugados são o campus da Faesa em São Pedro, ou um espaço que abrigou uma escola particular, em Valparaíso, na Serra.

Já se o programa ficar para o ano que vem, pode ser que seja implantado em uma unidade da rede.

Seleção de Alunos
De acordo com o secretário, nenhum aluno será obrigado a ir para a Escola Viva. Será feita uma chamada de rematrícula em que o estudante vai manifestar a vontade de ser transferido para a unidade que recebeu o programa.

Cada Escola Viva, segundo o secretário, deve atender uma média de 850 estudantes. O mínimo vai ser de 400 alunos.  O objetivo é que até 2018 sejam implantadas 30 unidades do Escola Viva em todo o estado.

A seleção será feita a partir de quatro critérios. As prioridades serão dadas a alunos especiais, que moram perto da unidade, que tenham irmão estudando na mesma escola e que sejam mais novos.

Recrutamento de Professores
Os professores também não serão transferidos para a Escola Viva, se não quiserem. Serão recrutados professores efetivos da rede estadual, que passarão por um processo seletivo e um treinamento de 40 horas para integrar a equipe.

Diálogo/ protesto
O programa foi rejeitado por estudantes e professores da rede estadual, que alegaram que não houve debate suficiente a respeito do projeto. A insatisfação gerou diversos protestos contra a aprovação do programa.

No entanto, segundo o secretário de Educação, as categorias foram amplamente ouvidas antes da aprovação do projeto. “O projeto Escola Viva foi o projeto educacional mais debatido na história do Espírito Santo. Na Assembleia Legislativa, recebi várias vezes os estudantes, os professores, os Sindiupes, Associação de pais. O debate foi intenso e vai continuar intenso”, disse.

Fonte: G1es