CIDADANIA

Governo federal quer assentar 30 mil famílias em 2015.

Segundo dados do Incra, no ano passado foram assentadas 22,3 mil famílias.

Em 07/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse nesta terça-feira  (6) que busca assentar 30 mil famílias que vivem em acampamentos da reforma agrária até o fim deste ano. Segundo o ministro, 13 mil já foram assentadas. Patrus Ananias participou, nesta terça-feira, no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Estado. Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no ano passado foram assentadas 22,3 mil famílias.

"É o primeiro ano com mais dificuldades", ressaltou o ministro. Em discurso perante representantes de associações de agricultura familiar, reforma agrária e comunidades tradicionais, como quilombolas,  Patrus reforçou a meta de assentar todas as famílias que vivem em acampamentos até o fim de 2018.

De acordo com o ministro, o ajuste econômico não interfere nesse objetivo. "É um compromisso que estamos assumindo com o aval da presidenta Dilma Rousseff." Para concluir a tarefa, o ministério está buscando formas de levantar recursos para o programa. Patrus disse contar com parcerias com Estados e municípios.

"Estamos trabalhando dentro do próprio Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para, por meio do Imposto Territorial Rural, por exemplo, buscar formas de levantar recursos que garantam a implementação do nosso projeto."

A presidenta do Incra, Maria Lúcia Falcón, informou que o instituto atualizou o cadastro de acampados e contabiliza hoje 129 mil famílias, sendo 57% no Nordeste, principalmente no litoral. Apesar disso, o Estado com o maior número de acampados é o Pará. Por isso, o Nordeste e a região amazônica são as prioridades para assentamentos.

Segundo Maria Lúcia, o Incra mudou seu procedimento de trabalho, passando a dar prioridade à escolha de regiões com disponibilidade de serviços e mercado para os produtos dos assentados, em vez de buscar apenas propriedades improdutivas para desapropriação.

"Estamos estudando trabalhar de forma coordenada o espaço do campo e da cidade. Não adianta construir os assentamentos em locais que não têm hospital, não têm escola. As pessoas vão ficar em condição igual e até pior do que estavam", afirmou.

Fonte: Agência Brasil