ECONOMIA NACIONAL

Governo negocia diretamente com Cemig renovação de concessões.

As usinas foram incluídas no programa de privatização do governo federal.

Em 15/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

RIO DE JANEIRO - O governo federal negocia diretamente com a Cemig a renovação das concessões de três usinas hidrelétricas cujo valor da outorga é de aproximadamente 10 bilhões de reais, disse nesta quarta-feira o secretário de coordenação do Programa de Parceria em Investimento (PPI), Tarcísio de Freitas.

Segundo ele, as tratativas envolvem as usinas de Miranda, Volta Grande e São Simão, cujas concessões venceram ou estão para vencer.

Freitas esclareceu fala do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que afirmou na véspera que o governo brasileiro prevê obter cerca de 11 bilhões de reais com leilão das concessões das três hidrelétricas. O ministro disse ainda que a Cemig tem interesse em ficar com os ativos.

"Foi bom vocês perguntarem para ficar claro. A questão da Cemig está sendo negociada e há toda uma boa vontade para que a Cemig possa ficar com usinas", declarou Freitas a jornalistas.

São Simão (MG/GO), de 1,7 mil megawatts, teve o contrato vencido no começo de 2015; o de Miranda (MG), de 408 MW, termina em dezembro deste ano; e Volta Grande (MG), de 380 MW, tem a concessão vencendo em fevereiro de 2017.

As usinas

As usinas foram incluídas no programa de privatização do governo federal lançado na terça-feira.

O secretário do PPI afirmou que, se as tratativas forem bem sucedidas com a Cemig, as usinas não precisarão ser novamente licitadas.

"Ao se colocar no PPI o que se quis dizer com isso é que é uma prioridade nacional para que as dificuldades sejam superadas, mas não esgota as tratativas com o governo de Minas", disse ele no Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos.

"Está sendo a oportunidade de a Cemig pagar as outorgas e ficar com as usinas. Se isso não for possível, haverá uma nova licitação. A Cemig quer ficar e está fazendo todo o esforço para fazer a renovação da concessão", explicou.

Por Rodrigo Viga Gaier/Reuters