POLÍTICA INTERNACIONAL
Greve geral na Grécia contra reforma das aposentadorias.
Como consequência da greve, trens, balsas e muitos voos internacionais internos estavam paralisados.
Em 04/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Grécia estava nesta quinta-feira (4) em greve geral, a terceira desde que o primeiro-ministro esquerdista Alexis Tsipras chegou ao poder, há um ano, contra a reforma das aposentadorias exigida pelos credores internacionais.
Como consequência da greve, trens, balsas e muitos voos internacionais internos estavam paralisados.
Os hospitais se limitavam a atender as situações de emergência, os postos de combustível estavam fechados e os táxis, muito abundantes em Atenas, eram invisíveis.
A greve envolve todos os âmbitos, dos advogados aos agricultores, que nos últimos dias bloquearam várias estradas com suas caravanas de tratores.
Todos eles protestam contra uma reforma que, entre outras coisas, reduzirá o máximo das aposentadorias de 2.700 euros a 2.300, e criará uma aposentadoria de base garantida de 384 euros mensais.
O governo também quer fundir os diferentes fundos de aposentadoria e aumentar as contribuições patronais e dos empregados.
Quase todos os setores de assalariados criticaram o plano, com o qual o governo espera economizar 1,8 bilhão de euros por ano, ou seja, 1% do PIB. A reforma é parte das exigências dos credores do país (UE, FMI e BCE) em troca de um terceiro plano de resgate de 86 bilhões de euros, acordado em julho passado.
O primeiro-ministro, eleito com um programa de esquerda radical, está decidido a fazer esta reforma avançar o quanto antes para satisfazer os credores e abrir as ansiadas negociações sobre a redução da dívida pública, próxima a 200% do PIB.
O projeto de lei deve ser votado neste mês no Parlamento, onde a coalizão de Tsipras dispõe de uma curta maioria de 153 deputados sobre um total de 300.
AFP