ECONOMIA INTERNACIONAL
Greve na França atinge depósitos petrolíferos, postos de gasolina e transportes.
A CGT indicou que a paralisação atinge as 19 centrais nucleares do país.
Em 26/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Os bloqueios dos centros industriais e de infraestruturas de transportes multiplicam-se hoje (26) na França, especialmente nas plataformas petrolíferas e centrais nucleares, em ações de protesto contra a reforma trabalhista.
A Confederação Geral do Trabalho indicou que a paralisação atinge as 19 centrais nucleares do país – que geram mais de 75% da eletricidade na França – mas não acredita que sejam desligados os 58 reatores, antes da redução da carga produzida.
O acesso a muitos depósitos petrolíferos estava pela manhã fechado por piquetes de greve, mesmo depois de as autoridades terem sido chamadas a agir em 11 bloqueios nos últimos dias. Aliás, seis das oito refinarias do país encontram-se total ou parcialmente fechadas, segundo a União Francesa de Indústrias Petrolíferas.
Como consequência, segundo o primeiro-ministro, Manuel Valls, entre 20 a 30% dos postos de combustíveis estavam desabastecidos.
Os piquetes de greve também bloquearam total ou parcialmente o acesso a centros industriais, como a zona portuária de Brest, uma área de fabrico de submarinos nucleares.
Ações semelhantes ocorreram em infraestruturas estratégicas como as pontes de Normandia e de Tancarville sobre o Rio Sena, no aeroporto de Nantes, na linha férrea entre Paris e Brest ou na autoestrada entre Bordéus e Baiona.
Também os controladores aéreos franceses estão em greve, tendo levado ao cancelamento de vários voos.
Esta é a oitava jornada de mobilização convocada pelos sindicatos, desde março, com o objetivo de exigir a retirada do projeto de lei da reforma trabalhista, que os sindicalistas acusa de destruir direitos.
A três semanas da abertura do Campeonato Europeu de Futebol 2016, o primeiro-ministro adiantou hoje que o projeto de lei para a reforma será aprovado neste verão, insistindo no argumento de que a lei “é boa para as empresas, boa para os trabalhadores e boa para os sindicatos”.
Destacou que está fora de questão “mudar de direção”, mas admitiu que possam ocorrer algumas modificações.
Fonte:EBC