CIDADE

Grupo nada em protesto contra a poluição da Praia de Camburi, ES.

Evento aconteceu das 10h do sábado (29) até 10h do domingo (30).

Em 31/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um grupo de, aproximadamente, 150 pessoas fez um protesto diferente neste fim de semana, em Vitória. Várias pessoas, de diferentes idades, caíram na água para protestar contra a poluição do mar e reivindicar cuidados com a praia. O evento, que teve duração de 24 horas, começou no sábado (29).

A 'Maratona Aquática pela Despoluição da Praia de Camburi' começou em 1998 por um grupo de nadadores amadores para reivindicar cuidados com a praia.

O evento parou por um tempo e retornou em 2013, após conversas entre nadadores e ecologistas que resolveram resgatar a maratona como evento anual.

Para o fotógrafo Fábio Machado, organizador do evento, a maratona cumpriu bem o seu papel, de conscientizar as pessoas sobre os cuidados com o meio ambiente.

"O aumento das pessoas acampando na praia foi bem visível, e dessa vez muita gente levou criança. Deu mais gente que no ano passado. A gente calcula que pelo menos 500 pessoas circularam pelo evento. A partir do momento que a pessoa nada em Camburi, ela começa a se conscientizar sobre a importância de preservar a praia e brigar por ela” disse.

Fábio Machado disse que a 5º edição do evento esta prevista para acontecer em agosto de 2016.

Poluição
A constatação da poluição foi feita por técnico da Secretaria de Meio Ambiente de Vitória (Semmam).

O documento apontou “grande acúmulo de minério nas estruturas das correias transportadoras desse produto para os navios e nas plataformas de sustentação das correias. Isso ocasionou o derramamento desse material no mar, causando poluição no ambiente marinho”.

O presidente da ONG Juntos SOS Espírito Santo Ambiental e membro do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, Eraylton Moreschi, considerou uma multa aplicada à Vale um “desrespeito ao cidadão capixaba”. “O valor é muito baixo. É um absurdo. E pior, refere-se a uma poluição que ocorre sistematicamente, repetitiva, e nada é feito para corrigir o problema”, pontuou.

A Vale reforçou que todas as solicitações feitas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e pela Semmam estão sendo cumpridas dentro dos prazos determinados.

Fonte: G1-ES