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Grupo radical Boko Haram ameaça vencer força militar regional

Soldados nigerianos exibem tanque capturado do grupo Boko Haram ao entrar na cidade de Maiduguri

Em 09/02/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, disse, em vídeo divulgado hoje (9), que o grupo radical islâmico vai vencer a força militar regional que combate no Nordeste da Nigéria, no Níger e em Camarões. “A sua aliança nada conseguirá. Juntem todas as suas armas e enfrentem-nos. São bem-vindos”, disse Shekau em um vídeo de 28 minutos, divulgado com mais dois no Youtube.

Tropas do Chade, de Camarões e do Níger estão apoiando há vários dias o Exército da Nigéria no combate ao grupo islâmico nigeriano, cuja insurreição ameaça também os países vizinhos.

Em um dos vídeos são mostradas imagens do líder do grupo radical Estado Islâmico, Abu Bakr Al Baghdadi. Não é a primeira vez que Shekau se refere a Al Baghdadi, mas agora parece estar colocando o Boko Haram emum contexto mais amplo da jihad (guerra santa). “Vamos combater o mundo inteiro, aplicando o princípio de que quem desobedece a Alá e ao profeta deve submeter-se, morrer ou tornar-se escravo”, diz o líder do Boko Haram.

A insurreição do Boko Haram na Nigéria, iniciada há seis anos, evoluiu para uma crise regional e, no sábado (7), a Nigéria, o Chade, o Níger, Camarões e o Benin concordaram em reunir 8.700 militares, policiais e civis para lutar contra os fundamentalistas. 

No discurso de 28 minutos, em que fala em árabe e em haussa (a língua mais falada no Norte da Nigéria), Shekau zomba da força multinacional, que anteriormente se previa que tivesse 7.500 homens.

“Vão mandar 7 mil soldados? Isso é pouco. Por que não mandam 70 milhões? Vamos capturá-los um a um”, disse.

Os Estados Unidos estimam que o Boko Haram tenha entre 4 mil a 6 mil combatentes, embora estejam bem equipados depois de atacar posições do Exército da Nigéria.

Nesse domingo (8) e hoje, o grupo radical atacou a cidade de Diffa, no Sudeste do Níger, abrindo nova frente na ofensiva, após ataques em Camarões.

Fonte: Agência Brasil