POLÍTICA INTERNACIONAL
Haitianos elegem novo Congresso com quase quatro anos de atraso.
O porta-voz do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) declarou estar otimista.
Em 09/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Depois de quase quatro anos de adiamentos, as eleições legislativas no Haiti começaram neste domingo em meio a temores de episódios de violência e a um baixo comparecimento às urnas.
Os colégios eleitorais abriram às 6h00 (7h00 de Brasílias), mas na capital muitos eleitores tiveram que esperar mais de uma hora até que os responsáveis terminasse de preparar as listas e instalar as urnas. Um atraso também registrado em cidades do interior.
O porta-voz do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) declarou estar otimista. "Constatamos esses atrasos, causados principalmente pela chegada tardia dos mesários", explicou Richardson Dumel à AFP. "Mas este atraso vai ser recuperado ao longo do dia".
Esta é a primeira eleição desde 2011, devido à profunda crise entre o presidente Michel Martelly e a oposição.
O país mais pobre das Américas tem uma história de instabilidade crônica e ainda luta para se recuperar do devastador terremoto de 2010. O desastre matou mais de 250.000 pessoas e destruiu grande parte da infraestrutura do Haiti.
Agora, os 5,8 milhões de eleitores, de uma população de 10,3 milhões, são convidados a escolher os novos deputados e renovar dois terços do Senado.
Mas o grande número de candidatos - um total de 1.855 - somado a uma onda de violência que marcou a campanha política e o baixo comparecimento representam grandes desafios.
Ante o temor de episódios de violência, a polícia nacional mobilizou mais de 7.000 agentes em todo o país e a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) está pronta para apoiar se necessário.
AFP