Hypermarcas tem prejuízo de R$212,5 milhões no 4º trimestre.

SÃO PAULO - A empresa de produtos farmacêuticos Hypermarcas teve prejuízo líquido de 212,5 milhões de reais no quarto trimestre, resultado afetado por uma baixa contábil relativa à venda do negócio de fraldas.

A companhia anunciou em dezembro acordo para venda dos negócios de descartáveis para belga Ontex por 1 bilhão de reais, a serem pagos em dinheiro na conclusão da transação, prevista para o primeiro trimestre de 2017.

Em igual período de 2015, a Hypermarcas tivera lucro líquido de 283 milhões de reais.

O resultado líquido ofuscou a melhora do resultado operacional da companhia. De outubro a dezembro, sua receita líquida cresceu 11,5 por cento na comparação com igual trimestre de 2015, a 843,3 milhões de reais, refletindo sobretudo repasses de preços, afirmou a companhia.

As despesas com vendas cresceram 10 por cento no comparativo anual, a 112,7 milhões de reais, mas caíram 0,2 ponto percentual como proporção da receita líquida.

E as despesas administrativas subiram 5,9 por cento na mesma comparação, para 38,8 milhões de reais, enquanto as de marketing tiveram elevação de 2,3 por cento, a 219,1 milhões, embora também tenham caído 2,3 pontos em relação à receita líquida.

Essa combinação permitiu que o chamado Ebitda das operações continuadas crescesse 27,6 por cento ano a ano, para 262,4 milhões de reais, com margem de 31,1 por cento, 3,9 pontos acima de um ano antes.

O lucro operacional também foi beneficiado, dando um salto de 147,5 por cento, para 196,7 milhões de reais, refletindo melhor resultado financeiro devido à queda da dívida líquida.

Após concluir a venda do negócio de descartáveis, a empresa afirmou que terá completado a rodada de desinvestimentos iniciada em 2015, que levantou cerca de 5,5 bilhões de reais.

A empresa previu para este ano um Ebitda das operações continuadas ao redor de 1,2 bilhão de reais.

Executivos da companhia discutem os resultados do quarto trimestre com analistas na segunda-feira (20) às 10h30, pelo horário de Brasília.

Por Aluísio Alves/Reuters