ECONOMIA NACIONAL
Ibovespa sobe pelo 5º pregão consecutivo e fecha acima de 49 mil pontos.
Com o resultado de hoje, o Ibovespa galgou 7.492 pontos entre a última sexta-feira e hoje.
Em 04/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Bovespa encerrou o dia de hoje (4) em alta de 4,01% aos 49.084,87 pontos em uma semana cheia de recordes e cinco fechamentos positivos. Em pontos, o Ibovespa alcançou o maior nível desde 9 de outubro do ano passado. Segundo operadores e analistas, a 24ª fase da Operação Lava Jato, cujo destaque foi a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o propulsor do ímpeto comprador desta sexta-feira, 4. Na máxima intraday, o Ibovespa superou os 50 mil pontos em alta de 6%.
Com o resultado de hoje, o Ibovespa galgou 7.492 pontos entre a última sexta-feira e hoje. Em termos porcentuais, a valorização foi de 18,01%. Uma boa parte dessa alta foi provocada por um ímpeto comprador dos estrangeiros, segundo os dados oficiais e estimativas de operadores.
De acordo com a BM&FBovespa, o saldo positivo dos não residentes em apenas três dias da semana - entre segunda (29/02) e quarta-feira (02/03) - superou o resultado líquido desses investidores no ano de 2016. Os números oficiais sobre quinta e sexta-feira serão divulgados pela BM&FBovespa somente na semana que vem. Mas, segundo estimativas de operadores, esses dois dias também tiveram mais entradas do que saídas de recursos do exterior. Das dez corretoras mais ativas hoje na bolsa, por exemplo, apenas duas eram brasileiras, segundo um operador de renda variável.
Além disso, a semana teve recordes de giro financeiro. Assim como ontem, hoje o giro foi mais do que o dobro da média diária dos últimos meses. O volume chegou a R$ 16,979 bilhões, o maior desde 27 de outubro de 2014 (R$ 17,807 bilhões), quando se observa somente os pregões sem vencimento de opções sobre ações ou sobre índices. Habitualmente, os dias em que há vencimentos das opções têm um giro muito mais alto que a média diária. Vale lembrar que a segunda-feira, dia 27 de outubro, foi o primeiro dia de negócios depois da reeleição de Dilma Rousseff.
O operador da mesa institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro e o economista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, afirmam que é impossível prever se o apetite por ações observado nesta semana irá perdurar na semana que vem. "É imprevisível o que vai acontecer daqui para a frente. De fato, o governo sai mais enfraquecido ainda, o que permite imaginar uma mudança o governo e na política", afirma Brugger. "Mas caso venha a acontecer mesmo, uma mudança no governo vai depender muito de quem venha a assumir", afirmou Monteiro.
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