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Ícone da música brasileira, Erasmo Carlos morre aos 81 anos
Ele havia sido internado, às pressas, na manhã de hoje (22), no Hospital Barra D'or, no RJ.
Em 22/11/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
No início deste mês, o cantor e compositor Erasmo Carlos comemorou a alta após duas semanas de internação no Barra D’Or para realizar exames e tratar uma síndrome edemigênica.
O cantor e compositor Erasmo Carlos faleceu nesta terça-feira (22), aos 81 anos. Ele havia sido internado, às pressas, na manhã de hoje, no Hospital Barra D'or, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
No início do mês, o artista comemorou a alta após duas semanas de internação no Barra D’Or para realizar exames e tratar uma síndrome edemigênica.
“Ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e se torceram pela minha recuperação… Essa foto com a Fernanda traduz como estamos felizes”, postou o cantor na ocasião.
Em dezembro de 2021, Erasmo ficou mais de uma semana internado no mesmo hospital após ser diagnosticado com Covid-19. A internação aconteceu por precaução, até pelo fato de o artista estar vacinado contra o vírus.
Em nota, a Som Livre, gravadora de Erasmo, se manifestou sobre a morte do artista.
“A música popular brasileira para sempre terá em Erasmo Carlos um herói imortal. Suas passagens pela Som Livre foram e continuarão sendo motivos de orgulho e gratidão para todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com o brilhantismo de um dos maiores nomes da nossa cultura.”
“O adeus que não queríamos dar traz a lembrança recente de que, apenas cinco dias atrás, Erasmo foi o vencedor do Grammy Latino com o melhor álbum de rock de língua portuguesa. Essa é apenas mais uma das muitas evidências de que Erasmo seguirá atual e relevante para a música por toda a eternidade. Nossos sentimentos aos fãs, familiares e amigos”, diz o comunicado.
História
Erasmo Esteves nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Sempre se interessou por arte e, em especial, música. Na juventude, junto a Tim Maia e Jorge Ben Jor, vivia no ambiente do Rock N’Roll carioca, o que lhe fez optar pela carreira de músico. Ficou famoso por suas parcerias com o cantor Roberto Carlos e tornou-se, ao longo de seis décadas, um dos maiores nomes da música popular brasileira.
No cinema, estreou em Minha Sogra É da Polícia (1958), dirigido pelo amigo Aloisio T. de Carvalho. Se destacou como ator em Os Machões (1972), longa no qual atua ao lado de Reginaldo Faria e Flávio Migliaccio. Pela produção, foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Erasmo também atuou em O Cavalinho Azul (1984) e Paraíso Perdido (2018), além de contribuir com depoimentos em diversos documentários.
Participou efetivamente junto com Roberto Carlos e com Wanderléa do programa Jovem Guarda onde tinha o apelido de Tremendão, imitando as roupas e o estilo de seu ídolo Elvis Presley. Seus maiores sucessos como cantor nessa fase foram “Gatinha Manhosa” e “Festa de Arromba”. Com o término do movimento, entrou em crise, mas conseguiu se recuperar com a ajuda de seu parceiro Roberto Carlos e de sua esposa, Narinha. Nessa fase de transição fez sucesso cantando “Sentado à Beira do Caminho” e “Coqueiro Verde”.
O disco Erasmo Carlos e Os Tremendões já é um trabalho transitório na carreira do artista. O LP, de 1969, traz interpretações muito peculiares de canções de compositores da MPB, como “Saudosismo”, de Caetano Veloso e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso (lançada no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa em que Erasmo atua com Roberto e Wanderléa) e “Teletema” (canção originalmente interpretada por Regininha, sucesso por ter sido tema da novela Véu de Noiva, da Rede Globo), de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar, além da primeira gravação de “Sentado à Beira do Caminho”.
Na década de 1970, Erasmo assina com a Polygram. A primeira metade da década mostra o Tremendão num estilo bem diferente da Jovem Guarda. Influenciado pela cultura hippie e pelo soul, lança Carlos, Erasmo em 1971. O disco, que abre com “De Noite na Cama”, escrita por Caetano Veloso especialmente para ele, traz uma polêmica ode à maconha, em “Maria Joana”.
O existencialismo prossegue em seus outros LPs dos anos 70: 1941-1972 – Sonhos e Memórias, 1990 – Projeto Salvaterra e Banda dos Contentes. “Sou uma Criança, Não Entendo Nada”, “Cachaça Mecânica” e “Filho Único” são algumas canções de destaque no período. Pelas Esquinas de Ipanema, seu LP de 1978, inclui uma impactante canção que denuncia o descaso do homem com a ecologia: “Panorama Ecológico”. (ISTOÉ - https://istoe.com.br/autor/mariana-stocco/)
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