ECONOMIA INTERNACIONAL
Índia cancela registro de carros a diesel com mais de 10 anos em Nova Deli.
No ano passado, o tribunal ordenou a proibição dos veículos a diesel com mais de uma década .
Em 18/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O tribunal do Meio Ambiente da Índia decidiu nesta segunda-feira (18) que todos os veículos a diesel com mais de 10 anos terão seus registros cancelados em Nova Délhi, reforçando a proibição de carros que emitem poluentes, parcialmente responsáveis pelo ar tóxico da capital.
O Tribunal Verde Nacional ordenou que o departamento regional de transportes de Nova Délhi cancele os registros imediatamente, depois que a polícia se queixou de dificuldades para tirar os carros afetados das estradas.
"Sem registro, estes veículos não poderão circular. A medida é eficaz imediatamente", disse à AFP o advogado Vardhaman Kaushik, que apresentou a petição.
No ano passado, o tribunal ordenou a proibição dos veículos a diesel com mais de uma década para ajudar a reduzir os perigosos níveis de poluição atmosférica de Nova Délhi, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica entre os piores do mundo.
A polícia afirma que apreendeu cerca de 3.000 veículos desde então, mas que muitos reapareceram nas estradas após os proprietários pagarem a multa ou ganharem um recurso judicial para que seus carros fossem liberados.
O governo de Nova Délhi anunciou uma série de medidas contra a poluição, incluindo restrições de circulação em janeiro e em abril, que tirou cerca de um milhão de carros das ruas por duas semanas.
O Supremo Tribunal indiano também impôs um imposto sobre milhares de caminhões com alto consumo de diesel que atravessam a capital todas as noites, e proibiu novos veículos a diesel com altas taxas de emissões de poluentes.
Com quase 10 milhões de veículos nas estradas da capital, porém, os ativistas dizem que precisa ser feito muito mais para frear a poluição.
Um estudo da OMS com 3.000 cidades divulgado em maio colocou Nova Délhi na 11ª posição com base na concentração média anual de partículas PM2,5, ligadas a taxas elevadas de bronquite crônica, câncer de pulmão e doenças cardíacas.
AFP